10 Ciudad Generosa copy
René Francisco Rodríguez e Colectivo Cuarta Pragmática. Ciudad Generosa, 2012. Havana, Cuba

Contribuidores e Colaboradores

Revista Mesa 2ª edição

Ala Plástica (La Plata, Argentina) é uma organização não governamental, artístico-ambiental, que desenvolve sua atividade principalmente na área da desembocadura do Estuário do Rio da Prata e do Delta do Paraná. De lá trabalha nas relações intuitivas, emocionais, imaginativas e sensoriais da arte com o desenvolvimento social e ambiental. Desde 1991, o coletivo Ala Plástica realizou uma série de iniciativas artísticas não convencionais em “escala biorregional”. Seus participantes e colaboradores vêm de disciplinas diversas, o que faz que o coletivo se transforme, segundo o tipo de projeto abordado. Com cada um se constitui uma trama complexa de intervenções que relacionam ecologia, sustentabilidade, trabalhos em rede, produção de conhecimento, recuperação de economias locais e tecidos sociais. Duas pessoas estão por trás da coordenação das operações: Silvina Babich e Alejandro Meitin.

Angela Carneiro é professora e psicóloga. Tem doutorado pelo Programa de Pós-graduação em Psicologia Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, na área de Micropolíticas da formação e produção de subjetividades. Pesquisou juventudes no Instituto de Ciências Sociais e no Observatório Permanente da Juventude de Lisboa. Desenvolveu projetos em escolas públicas, com jovens, processos de construção de si e de modos de vida pela escolha profissional. Trabalhou no Programa Avançado de Cultura Contemporânea (PACC), da Faculdade de Letras da UFRJ, no curso de extensão Universidade das Quebradas (UQ), como professora e membro da equipe de coordenação pedagógica. Pesquisa metodologias e trabalhos de inserção e transformação social com coletivos juvenis, cultura da periferia e profissionalização como invenção de modos de vida. É pesquisadora do grupo Entre_Redes, teoria Ator-Rede, composto por professores e alunos associados, e do Observatório de Indústria Cultural (Oi Cult).

Beá Meira é designer, ilustradora e trabalha com processos de ensino e aprendizagem no campo da arte. Formou-se em Arquitetura e Urbanismo na FAU/USP. Foi professora de artes no ensino médio da Escola Logos, em São Paulo, professora assistente de Plástica da Arquitetura na FAUSantos, professora de design gráfico no curso de Multimeios da PUC de São Paulo. É autora de material didático e paradidático para ensino fundamental II e ensino médio, editado pela Ática, Scipione e SM. Trabalhou como coordenadora pedagógica e editora da plataforma digital do curso de extensão Universidade das Quebradas, da UFRJ. Colaborou como consultora de artes em intervenções urbanas coletivas do APALPE – A palavra da periferia, da FLUPP – Feira literária das UPPs e Camiseta Educação n.50, da Galeria Gentil.

Carlos Vergara nasceu na cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, em 1941. Ele iniciou sua trajetória nos anos 60, quando a resistência à ditadura militar foi incorporado ao trabalho de jovens artistas. Em 1965, participou da mostra Opinião 65, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, um marco na história da arte brasileira, ao evidenciar esta postura crítica dos novos artistas diante da realidade social e política da época. A partir desta exposição, formou-se a Nova Figuração Brasileira, movimento que Vergara integrou junto a outros artistas, como Antonio Dias, Rubens Gerchman e Roberto Magalhães, que produziram obras de forte conteúdo político. Nos anos 70, seu trabalho passou por grandes transformações e começou a conquistar espaço próprio na história da arte brasileira, principalmente com fotografias e instalações. Desde os anos 80, pinturas e monotipias e pensamentos resultam em obras contemporâneas, caracterizadas pela inovação, mas sem perder a identidade e a certeza de que o campo da pintura pode ser expandido. Em sua trajetória, Vergara realizou mais de 180 exposições individuais e coletivas. http://www.carlosvergara.art.br/pt/

Chloé Le Prunennec é artista plástica, escritora, tatuadora e filmmaker que nasceu em Paris, em 1991. Graduou-se em Cinema de Animação em 2012 e pouco depois viajou para América do Sul, percorrendo Chile, Argentina, Bolívia e Paraguai. Criou um blog de viagem (Les Chiens Noirs du Mexique) onde publica textos e ilustrações. Chegou ao Brasil em 2014 e escreveu/ilustrou o livro Estrelas cadentes, pouco antes de sua primeira exposição individual em Florianópolis. Trabalha como assistente de produção e no estúdio de tatuagem Fox Tattoo.

Cristina Ribas trabalha como artista, pesquisadora e não muito frequentemente como curadora. Em um sentido amplo, sua prática provoca articulações entre práticas artísticas, aprendizagem, criação, política e a história, fazendo uso de diagramas, dispositivos e arquivos. Seu trabalho como artista pode abordar questões relacionadas ao espaço urbano, usando fotografia, escultura, vídeo, instalação e texto. Escreve bastante sobre práticas artísticas e processos de grupo. A partir de 2005 desenvolveu a pesquisa Arquivo de emergência, que em 2011 teve parte de seu acervo transformado na plataforma on line Desarquivo.org (http://www.desarquivo.org), também criada por ela. Concebeu projetos de residência artística e aprendizagem radical como Residência Artística Terra UNA (Interações Florestais e Ponto Florestal), Pedregulho Residência Artística e Vocabulário Político para Processos Estéticos. Atualmente faz doutorado em Fine Arts no Goldsmiths College University of London, sob a orientação de Susan Kelly. Participa das redes Universidade Nômade e Conceptualismos del Sur.

Daniel Leão nasceu no Rio de Janeiro em 1984. Graduou-se em Cinema pela Universidade Federal Fluminense e, em 2013, obteve o título de mestre em Comunicação Social ao estudar os usos do som no cinema documentário. Desde então, atua de forma independente no cinema e desenvolve experimentos sonoros e trabalhos audiovisuais com artistas como Ivar Rocha e Mariane Monteiro. Atualmente, trabalha na montagem de seu primeiro longa-metragem, A felicidade às vezes mora aqui, a partir de exposição coletiva homônima no MAC de Niterói, dá prosseguimento às filmagens iniciadas há um ano de Lo que seja em tu corazón ainda que em cinco minutos e atua como produtor artístico audiovisual do Museu de Arte Contemporânea de Niterói.

Felipe Moreno é graduado em Comunicação na Universidad de Bogotá Jorge Tadeo Lozano (UJTL) em Bogotá, Colômbia, e mestre em Linguagens Visuais pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Rio de Janeiro (UFRJ). Pesquisador e fotógrafo independente. Sua pesquisa teórico/prática em fotografia aborda questões de representação e fotografia no campo ampliado. Participou em duas edições do Festival Internacional de Fotografia Foto Rio. Recentemente trabalhou como Produtor de Conteúdo de Arte na Casa Daros.

Frederico Coelho é Professor de Literatura e Artes Cênicas da PUC-Rio. Foi curador assistente do MAM-RJ entre 2009 e 2011. Organizou livros e escreveu artigos, textos e ensaios sobre artes visuais brasileiras. Foi um dos curadores da primeira exposição TRAVESSIAS no Bela Maré (2011). Lançou livros como Livro ou Livro-me: os escritos babilônicos de Hélio Oiticica (EdUERJ, 2010) e Conglomerado Newyorkaise (com César Oiticica Filho, Azougue, 2013).

Guilherme Vaz, compositor, artista e pioneiro da sound-art no Brasil nasceu em Araguari, Brasil, em 1948. Fundou em parceria com Frederico Morais, Cildo Meireles e Luiz Alphonsus a Unidade Experimental do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (1968-1970). Presidiu a Fundação Cultural de Ji-Paraná, fronteira com a Bolívia, onde desenvolveu trabalhos de antropologia, artes visuais e música pré-histórica com povos indígenas. Sua obra foi incluída em importantes exposições coletivas, dentre as quais se destacam: Rio Experimental, Fundación Botin, Santander, Espanha (2011); 7ª Bienal do Mercosul, Porto Alegre, Brasil (2009); Equatorial Rhythms, The Sternesen Museum, Oslo (2008); VIII Biennale de Paris, Musée d’Art Moderne de la Ville de Paris, França (1973); Agnus Dei, Petite Galerie, Rio de Janeiro (1970); Information, The Museum of Modern Art (MoMA), Nova Iorque (1970). Também editou as seguintes obras com a Gravadora OM Records: O Vento sem Mestre (2007); Sinfonia dos Ares (2007); La Virgen (2006); Anjo sobre o Verde (2006); A Tempestade (2005); A Noite Original (2004); Sinfonia do Fogo (2004); O Homem Correndo na Savana (2003).

Jessica Gogan é curadora e educadora independente, diretora do Instituto MESA, do Rio de Janeiro, e editora geral da Revista MESA. Entre seus projetos recentes estão: O sentido do público na arte – encontros considerando as singularidades regionais brasileiras em três distintos contextos; O laboratório contemporâneo: Propostas e descobertas do que é arte (ou pode ser) na Casa Daros em colaboração com o Coletivo E; o Núcleo Experimental de Educação e Arte no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, avaliação do projeto pedagógico da 8ª Bienal do Mercosul, em Porto Alegre, e exposição e residência do artista brasileiro José Rufino no Museu Andy Warhol (Pittsburgh, EUA), onde foi diretora de educação e curadora de projetos especiais. Atualmente, é aluna de Ph.D. em História da Arte na Universidade de Pittsburgh.

Juan Manuel Echavarría (1947) é artista e reside em Bogotá, Colômbia. Escreveu dois romances, La Gran Catarata (1981) e Moros en la costa (1991). A investigação com fotografia dá início a uma trajetória como artista visual. Retratos (1996) revela um olhar que emprega a metáfora para abordar a tragédia; trabalhos seguintes, como Bocas de Ceniza (2003), operam sobre a violência da guerra do narcotráfico colombiano e demonstram um artista interessado em estar fora do ateliê, como é o caso de La guerra que no hemos visto (2007-2009). Juan Manuel expôs na Bienal de Veneza, no El Museo Del Barrio, em Nova York, na 15th Tallinn Print Triennia, na Estônia, no Museu de Antioquia, em Medelin, Colômbia, na Casa Daros, no Brasil, entre outras instituições.

Leandro Almeida é produtor cultural formado pela UFF, estudou cinema na Escola de Cinema Darcy Ribeiro, na Academia Internacional de Cinema, e ainda na UFF concluiu o curso de extensão mídia e educação. É videomaker e editor, atua como educador social no campo do audiovisual e ministrou cursos para formação de jovens comunicadores em pontos de cultura, ONGs e escolas públicas. É cineclubista e coordena o Cineclube Cineolho, que acontece no MAC de Niterói desde 2007. Trabalhou no setor de arte-educação do MAC entre 2002 a 2009, coordenando e produzindo programas, projetos e eventos no campo sociocultural com foco nas comunidades do entorno do Museu. Trabalhou na implementação do Módulo de Ação Comunitária do MAC na comunidade do Morro do Palácio. Entre 2010 e 2013 atuou na Secretaria de Audiovisual do Ministério da Cultura através da Programadora Brasil. Hoje coordena o programa Museu Fórum no MAC de Niterói. É sócio-diretor da Provisório Permanente Produções Culturais.

Luiz Guilherme Vergara é professor do Departamento de Arte e das pós-graduações em Estudos Contemporâneos das Artes e Cultura e Territorialidade da Universidade Federal Fluminense (UFF). Como curador/diretor do Museu de Arte Contemporânea de Niterói (MAC) de 2005 a 2008, foi responsável pela curadoria de diversas exposições com foco no diálogo entre a arquitetura de Oscar Niemeyer e as práticas artísticas contemporâneas, tais como Poéticas do Infinito (2005) e Abrigo Poético de Lygia Clark (MAC, 2006) e pelo programa extra-muro Arte Ação Ambiental (MAC,1998-) na comunidade do Morro do Palácio. Em 2013, de volta para a curadoria/direção do MAC, foi curador das exposições Alexandre Dacosta: Percursos de coexistências improváveis e Suzana Queiroga: Olhos D’Água e parte das equipes e colaborações curatoriais das mostras de Joseph Beuys: Res-Pública – Conclamação para uma Alternativa Global e Carlos Vergara: Sudário. É co-editor da Revista MESA e seus interesses de pesquisa concentram-se na interface entre arte, museus e sociedade.

Noélia Albuquerque é atriz e fotojornalista. Realizou fotografia still para diversos longa-metragens nacionais e videodocumentários socioambientais. Graduada em Literatura, iniciou pós-graduação em Literatura Infantojuvenil na Universidad de Cuyo, Argentina. É pós-graduada em Artes Cênicas. Foi professora de fotografia em mais de dez municípios na região dos lagos do Rio de Janeiro, em comunidades quilombolas no Maranhão e indígenas no Ceará. Participou da 4ª Maratona Fotográfica de Cabo Frio com a exposição Interiores e da exposição fotográfica Interiors of Brazil, na Open University Gallery, em Milton Keynes, Inglaterra. Atualmente, é professora de fotografia no Senac, presidenta do Centro do Teatro do Oprimido, no Rio de Janeiro, e participa do curso de extensão Universidade das Quebradas, na UFRJ.

René Francisco Rodríguez é um artista cubano contemporâneo nascido em 1960, em Holguín, Cuba. Sua obra tem sido reconhecida e premiada internacionalmente. Participou da 26ª Bienal de São Paulo, em 2004, da Bienal de Veneza, em 1999 e 2007, e de duas edições da Bienal de Havana, em 1997 e 2000. Em 2001, recebe o título Doutor Honoris Causa de Belas Artes do San Francisco Art Institute. Inicia seu trabalho como professor em 1989 no ISA (Instituto Superior de Arte), com as inovadoras Pragmáticas Pedagógicas. Em 2010, é reconhecido com o Prêmio Nacional de Artes Plásticas de Cuba.

Roberta Condeixa é educadora e artista-pesquisadora, atualmente coordena o Programa de Arte e Educação da Casa Daros. Mestranda em Estudos Contemporâneos das Artes na UFF, pesquisa práticas artísticas compartilhadas na América Latina, mapeando artistas que promovam a inserção de biografias em um corpo de múltiplas vozes. Realiza ações e pesquisa sobre a arte como potência de linguagem e modificação nas estruturas sociais. Trabalhou com arte e educação em instituições como MAC, Oi Futuro, CCBB e em projetos independentes. No Departamento de Arte Educação do MAC, elaborou projetos continuados com jovens de escolas da vizinhança e do Morro do Palácio (favela vizinha à instituição) e participou de um intercâmbio internacional com o Andy Warhol Museum.