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João Modé. Programa de residências Artistas em disponibilidade. Santana de Livramento (Fronteira Brasil e Uruguai). 7ª Bienal do Mercosul.

O sentido de público na arte

Jessica Gogan
Luiz Guilherme Vergara

Eu não estou aqui. Aliás, eu estou aqui.”

Cordel, Beata Maria de Araújo, 2014
Rosário Lustosa1

Tomamos e fomos tomados por esta terceira edição da Revista MESA como revista-processo, uma mesa “conceptáculo”, invocando o poeta Francis Ponge2, de sinergias, descobertas e do que ainda não se sabe – um ecossistema de vozes e escritas, palavras e imagens convocando práticas e políticas para uma alternativa global e novos sentidos de público.3

Peter Pál Pelbart abre esta cartografia associando o ser humano contemporâneo com a aranha, daí cruzam-se corpos da política de contracafetinagem de Rodrigo Nunes à reconfiguração do público de Danilo Streck, que transbordam para as corporizações moventes e comoventes do filme do coletivo ¡NoPasaran! sobre as manifestações de 2013. A revista é vivência como se fosse um jantar ampliado no tempo com várias entradas, encontros, conversas, descobertas e histórias de vida. Forma-se entre linhas e páginas uma teia vital de devires geradores para o sentido de público na arte.

Esta edição se torna especial pela diversidade geográfica (nacional e internacional) dos acontecimentos e ensaios reunidos. Ressaltamos três estudos de casos nacionais com ensaios, vídeos e depoimentos realizados a partir do projeto itinerante O Sentido do Público na Arte, graças ao Prêmio (décima edição) Redes de Encontros nas Artes Visuais da Funarte.4

Três regiões distintas do Brasil, ou ecossistemas culturais, são representadas pelos encontros do projeto no Rio de Janeiro, Porto Alegre e Juazeiro do Norte, Cariri. Tornam-se visíveis e audíveis as diferenças de imaginários, indissociáveis das singularidades geopoéticas. Não haveria como tratar do sentido de público na arte sem o sentir encarnado da diversidade da cultura brasileira contemporânea.

Essa trama de aprofundamentos se tornou transcultural, ampliando as fronteiras nacionais com estudos internacionais. São quatro pontos cardeais de distâncias continentais e proximidades éticas que se unem nesta edição. Da adversidade e resistência poética são tecidos os fios do sertão do Ceará a Porto Alegre, de Johannesburgo, na África do Sul, a Glasgow, na Escócia.

Ser-para-rede

“Não descendemos do macaco, mas da aranha”, assim Pelbart em seu think piece poético invoca o educador de autistas Fernand Deligny, reforçando a dimensão ecossistêmica para a condição humana. Nascemos e vivemos para tecer e ser tecidos por redes incessantemente. É na rede que temos nossa humanidade “como necessidade vital, como escapatória, como intervalo, deserção, dissidência, guerrilha, comum”.5

Desta forma, Mônica Hoff, Rafa Éis e Diana Kolker tecem suas vidas e escritas como parte indissociável de uma história constituída e constituinte da Bienal do Mercosul em Porto Alegre, nos oferecendo um potente “conceptáculo” de bienal-rede. O que se reconhece em suas falas são os sentidos públicos dos vínculos, afetos e potencialidades locais que se estabelecem na forma de uma bienal-escola nômade, sem paredes, gasosa, móvel, de uma educação “menor”.6 Seus testemunhos mostram a vitalidade de um pensamento-prática-rede entrelaçando relações, nós e contextos, promovendo zonas autônomas pedagógicas e multiplicadoras de novas teias.

O Cariri se revelou como experiência de um outro “conceptáculo”. O universo cósmico, sagrado e popular do sertão reúne os sentidos de público na arte na fluência das linguagens encarnadas e enraizadas de um outro Brasil profundo. Naquelas terras e terreiradas, senhoras e senhores, mestres do Reisado, cantam e dançam sem saber ler a letra – leem direto da invenção do mundo. José Rufino e Daniel Leão mergulharam nos fluxos e fenomenologias que cruzam este Cariri tecendo seus próprios fios existenciais e geopoéticos. Seus dois ensaios são gerados e geradores de teias de imagens escritas e filmadas. Ambos “compartrilham”, isto é, simultaneamente compartilham seus processos e trilham caminhos como inscrições e reinvenções de sentidos na paisagem.

“Compartrilhar” é uma palavra-dádiva ou neologismo poético oferecido por Gleison Amorim da Silva, participante do encontro em Juazeiro do Norte.7 É um ato que se realiza pela abertura e construção do processo criativo com o outro. Quando assumido em rede, torna-se um posicionamento político de tomar e dar corpo ao coletivo, de subverter e resistir ao domínio do individualismo na visibilidade autoral. Assim se revela uma ética emergente da ação coletiva no filme manifesto É tudo mentira, do coletivo ¡NoPasaran!, sobre a guerra midiática em torno das manifestações. O compartilhamento autoral é constituinte da própria forma e processo de criação que reflete e expressa como estrutura viva a condição e virada sociopolítica contemporânea.

O sabendo não saber

O que emerge nesta “mesa” de sinergias geográficas são práticas artísticas e pedagógicas que assumem o cuidado com o agenciamento público como parte de um processo horizontal aberto ao indeterminado, constituinte das vitalidades e necessidades locais. O “não saber” é chave para esse processo, ou seja, um “não saber” construtivo e existencial do “saber”. Rangoato Hlasane, inspirado por Steve Kwena Mokwena, ressalta essa condição de “angazi” (eu não sei) para imbuir nas práticas da biblioteca Keleketla, em Johannesburgo, o espírito inabalável da criação.8 Este “não saber” acompanha a potente possibilidade do enigma e da metáfora, não apenas para a arte, mas também para uma pedagogia crítica. Assim, se configura uma poética do indeterminado presente nos textos disparadores para os laboratórios de mediação da 9ª Bienal do Mercosul.9 Também como potência de paradoxos ressaltada por Eugenio Valdés ao refletir sobre a imagem enigmática do caranguejo segurando uma borboleta impressa em uma moeda antiga romana. Esta imagem-moeda, tão improvável, foi usada como catalisadora de visões no encontro do Sentido do Público na Arte no Rio de Janeiro, inspirando novas possibilidades para questionar e re-imaginar a superação de dicotomias ainda vigentes tais como arte e público, arte e mercado, rua e instituição.10

Transdução

A imagem do caranguejo e da borboleta virou um potente “conceptáculo” de justaposições, choques dos opostos e metamorfoses insólitas. Barbara Szaniecki puxa os fios tensos deste paradoxo – do encontro-escrita transformado em “Borborejo”.11 Esse desenho de uma criança melhor traduziu o impasse crítico como poética do devir entre a indignação da multidão nas ruas em junho de 2013 e os atravessamentos “polimorfos” dos “museus monstruosos” conduzidos por negócios globais. Barbara também resgata as metáforas-enigmas lembrando o “devir-vespa da orquídea” e “o devir-orquídea da vespa”, de Deleuze.12 Essas oposições e diferenças trazem, como alguns autores apontam, possibilidades de transformação e transdução – encontros que (re)constituem as pessoas, elementos, contextos e redes envolvidos.13 Rafa Éis soma as metáforas de devir-animais e vegetais ao devir-maré da arte. O movimento de ressurgência – fenômeno das marés na renovação da cadeia alimentar marítima – se tornou simultaneamente metáfora e prática entre arte, pedagogia e “territórios extradisciplinares14, lugares “à sombra das luzes do espetáculo institucional” ou cadeia do sistema de arte.15

Em 2013, as manifestações nas ruas do Brasil e o tema da 9ª Bienal do Mercosul, Se o clima for favorável, alimentaram o “conceptáculo” bienal-rede para radicalizar as transbordas do sentido de público da arte e assumir um entendimento ecossistêmico para as ativações micropolíticas e geopoéticas presentes nas interfaces e mediações entre arte e sociedade. Assim como Rafa, Diana Kolker se apropria dos fluxos e mudanças climáticas causa-efeito dos fenômenos El Niño e La Niña como metáforas para um ativismo poético-pedagógico. O choque de estranhamento é potência de paradoxos, onde os saberes não sabendo entram em jogo como “o imprevisto possível e o previsto improvável”.16

Deslocamento

O caminhar pelos imprevistos e previstos, cantos e mundos, fronteiras e periferias, imaginários e subsolos, desconhecimentos e riscos, é tomado como uma prática potente de arte e pedagogia: tanto no Programa Marés no Rio Grande do Sul, viajando para quinze cidades no interior do estado, quanto nas experiências comentadas por Franklin Roosewelt Menezes de Lacerda no sertão do Cariri.17 Ambos adotam práticas nômades do deslocamento como um ato ético e criativo de des-territorialização e re-territorialização. Da mesma forma, o jovem coletivo Mysterious Creatures Dance Fusion, na África do Sul, conecta-se às ruas e comunidades de Johannesburgo levando a dança como uma forma de conhecimento e um “espírito que fala”.18

Porosidade

Unidos pelo “desrespeito total pela hierarquização de várias formas de cultura”, Nuno Sacramento e Leonardo Guelman são apaixonados pelo diálogo entre o que é dado como irreconciliável.19 Guelman desenvolveu nos últimos anos o que ele chama de “Fenomenologia do Encontro”, debruçando-se sobre o que há de mais poroso, afetivo e contagioso no encontro entre pessoas, paisagens, culturas e linguagens. Sacramento está engajado na busca do comum em formas e formatos de partilhas horizontais entre competências da arte e artesania. Sua escrita colaborativa a quatro mãos é uma colagem fenomenológica de textos, intervenções, metodologias, memórias e formas poéticas.

É exatamente pensando nessa porosidade entre formas de linguagem e geografia que Danilo Streck aponta para uma rica possibilidade de novas reconfigurações de público. A potência do sentido de público aí é também de popular, entendido não como massa ou entretenimento, mas pelo encontro “entre” saberes e fazeres que se potencializam “pela radicalidade da afirmação do lugar de onde se fala”.20 É neste sentido de lugar encarnado nas vozes dos primeiros Fóruns Sociais Mundiais, realizados em Porto Alegre no período de 2001-2003, que Danilo Streck cita as tentativas de se inaugurarem novas formas de espaços e debates simultaneamente locais e cosmopolitas. Procurando mobilizar as forças regionais e globais na luta contra o neoliberalismo e enfatizar o social, em vez do econômico, os fóruns apostaram que “um outro mundo é possível”.21

Contracafetinagem

No entanto, a força do possível parece igualmente desafiada pelo impossível. Constantemente oscilante entre essas duas polaridades, como Pelbart eloquentemente nos situa, parece ser o nosso destino contemporâneo. Enquanto por um lado o trabalho criativo e imaterial pode oferecer o caminho da resistência, por outro é também o lugar onde o perigo e a atração neoliberais são mais fortes. Não podemos fugir; só navegar sua insídia. Aqui o artigo incisivo de Rodrigo Nunes nos oferece possíveis estratégias para cruzar essas correntes turbulentas com sua proposta política de contracafetinagem, não entendida como “anticafetinagem”, mas como “contra” no sentido de “contraespionagem ou do contrabando”. Isto é uma arte de “medidas” ou “dosagens” que busca encontrar soluções que fortaleçam a “transformação em detrimento da reprodução”.22

Ser menor

Como esta política poderia se dar dentro dos contextos institucionais mais dirigidos por escalas de transatlânticos do que por redes de pescadores? Mônica Hoff tece uma história de quase duas décadas de uma bienal “menor” em Porto Alegre que operava nas sombras da grande mostra expositiva conhecida e que “descaminhou, paulatinamente, transformando o modus operandi expositivo e temporário em plataforma crítica de caráter permanente e dimensões definitivamente públicas”.23

Usar a instituição

Este é o enfoque do caso do GoMA, na Escócia, onde as colunas neoclássicas de inspiração greco-romana da instituição são atravessadas pelas ativações e irradiações do Atelier Público propostas por Katie Bruce em colaboração com diferentes artistas. Um choque climático de distância zero entre criação e recepção social da arte é provocado na e pela instituição: Brian Hartley trouxe suas performances da rua para o cubo branco; t s Beall introduziu sutilmente vozes da equipe do museu no espaço expositivo-atelier;24 Anthony Schrag e Emma Balkind provocavam e questionaram a quem cabe o direito de transbordar as linhas e papéis do artista-criador, público-espectador e curador-instituição; e Alex Hetherington, através de sua “persona artística” da escola e do coletivo Modern Edinburgh Film School, simultaneamente abriu seu processo para diálogo e pôs sua prática em cheque, criando “um prisma onde uma coisa pode ser vista através do outro”.25 Assim, a instituição em si foi tomada, transformada e reconfigurada como material para criação crítica. Tal uso da instituição como material se desdobrou em conceito móvel ao ser deslocado para um outro contexto institucional, o Royal York Hospital for Sick Children (hospital para crianças), pela colaboração entre Hans Clausen, o GoMA e o hospital.26

Terreiros e terreiradas de encontros

Cruzando a linha do Equador até Keleketla, encontra-se uma ação coletiva que se organiza a partir de uma biblioteca reinventada nas ruínas de uma prisão de 1904 em Johannesburgo. O foco crítico desloca-se para as estratégias de emancipação cultural e pedagógica dos padrões aprisionantes que dominam ainda hoje os processos de alfabetização e colonialismo – tanto na África quanto no Brasil. O livro-biblioteca é simultaneamente reconhecido como território e armadilha civilizatória de dominação e esperança concreta. Daí, são elaboradas as ativações de redes de colaboração e transbordamentos de uma biblioteca ativista entre produção de saberes e transmissão de uma riqueza cultural não fechada na escrita. Resgatando outras histórias ainda não escritas, promovendo leituras sem eliminar as práticas de outros meios de expressão e produção de linguagens múltiplas, Keleketla se inventa como agência de programas extracurriculares, promovendo também jantares inovadores de apoio e captação para projetos independentes, performances de coletivos de jovens. A biblioteca se transformou em um terreno vivo – ou rede – que se alimenta dos elos da diversidade cultural como modos de estar juntos, do cantar e contar, sem narrativas ou valores hegemônicos.

Este é ponto da teia que se desdobra e redobra nessa revista de vivências e viagens transculturais-continentais para as terreiradas do nordeste do Brasil – lembrando “o festim” baldio pelas falas do José Rufino como lugar de criação de conexões, possibilidades, linguagens e afetos.

………………………

Ser-para-rede, uma poética do indeterminado, contracafetinagem, ressurgência, transdução, deslocamento e porosidade… emergem nestas (re)configurações de público para além do predial-burocrático-instituição como parte de um ecossistema de formas de construir e criar que resistem à “fixidade”27 entre conceitos, palavras e coisas. Como reflete Pelbart, “todo homem é ser de rede”.28 Esta edição busca compor um jantar-rede-conversa inacabado – como um conceptáculo do comum – da produção de um outro possível do si mesmo que alimenta as invenções do sentido de público na arte.

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1 Rosário Lustosa. Cordel: Beata Maria de Araújo (“Eu não estou aqui. Aliás, eu estou aqui”), Juazeiro, 2014. Maria de Araújo era uma beata de Juazeiro do Norte cujo milagre impactou a vida de Padre Cícero.
[…]
29
Sepultamento simbólico
Para isto aconteceu
Em cortejo na cidade
O povo compareceu
Até carro funerário
Com flores apareceu
30
Placa em porcelanato
No túmulo foi colocada
Em uma justa homenagem
Ela foi agraciada
Com uma frase bonita
Pra sempre será lembrada
31
Diz: “Eu não estou aqui.
(Para depois completar)
Alias, eu estou aqui”
Afirma para explicar
Foi uma boa maneira
Pra poder justificar
32
Justificar a ausência
Do seu corpo no local
Mas seu espírito por certo
Em forma angelical
Protege nosso Juazeiro
De maneira especial
[…]

2 “Não quero pôr na TÁVOLA a não ser o que me vem naturalmente dela, caçar sua ideia. (caçar o conceito. As palavras são conceitos, as coisas são conceptáculos: são necessárias muitas palavras, dispostas de nova maneira para destruir uma palavra, um conceito) (título possivel para uma próxima coletânea: os CONCEPTÁCULOS = há muito muito tempo que encontrei essa palavra e pensei em fazer dela um título).” Francis Ponge. “A MESA – 21 de novembro de 1967 – 16 de outubro de 1973: 4 de janeiro 1968.” In PONGE, Francis. A MESA. São Paulo: Editora Iliminuras ltda, 2002, p. 191

3 Optamos para o título e tema desta terceira edição da Revista MESA usar “O sentido de público na arte” para enfatizar o sentido qualitativo de público mais ligado ao comum e à partilha na esfera pública e menos “aos públicos” no sentido da audiência. Aliás, o projeto O Sentido do Público na Arte nomeado em 2013 tinha o artigo “do” e contemplava os dois sentidos – “do público” e “de público”. Mas nesta revista optamos pelo foco no sentido da esfera pública da arte.

4 Para mais informações sobre o projeto itinerante O sentido do público na arte, ver as introduções dos estudos de caso nesta revista.

5 PELBART, Peter Pál. “Think piece: Notas sobre o contemporâneo”. Revista MESA, O sentido de público na arte, 3ª edição, maio de 2015

6 Os três ensaios do estudo de caso sobre a 9ª Bienal do Mercosul de Diana Kolker, Mônica Hoff e Rafa Éis exploram diversos aspectos desta história de bienal-rede. A referência do “menor” se refere ao ensaio de Mônica em que ela usa as ideias propostas pelo educador e pesquisador Silvio Gallo acerca do sentido e do lugar da educação. “O autor propõe, com base nos pensamentos de Kafka, Deleuze e Guattari, pensarmos a partir de uma educação menor, sendo esta pautada no cotidiano não só escolar, mas social, cultural, econômico de educadores e educandos, uma educação que está aquém e além da educação das políticas, dos ministérios, dos gabinetes e das secretarias. Uma educação como prática da liberdade, tal qual propunha Paulo Freire. Uma educação como “um empreendimento de militância”. Ver GALLO, Sílvio. Em torno de uma educação menor. Educação&Realidade. jul/dez, 2002. p. 169-178. In HOFF, Mônica. “O sentido de público na Bienal do Mercosul: a Bienal como escola, a cidade como currículo”. Revista MESA, 3ª edição. “O sentido de público na arte”, maio de 2015.

7 O jovem ator e estudante Gleison Amorim da Silva participou no encontro “Fazeres e saberes múltiplos”, em Juazeiro do Norte, realizado como parte do projeto O sentido do público na arte, na qual os três encontros regionais compõem os estudos de caso nacionais desta edição. Ver a introdução e os vídeos do encontro “Fazeres e saberes múltiplos”.

8 k!kollage (fragmentos, revisões e citações de textos escritos por/sobre/para Keleketla!). “Programa Educativo Extracurricular da Keleketla! (2008-presente): Acesso ao uso da literatura, das artes e de ferramentas de mídia para a educação e a vida”. Revista MESA, 3ª edição, “O sentido de público na arte”, maio de 2015.

9 KOLKER Diana. “Uma trama cheia de nós: o sentido do público na formação de mediadores da Bienal do Mercosul”. Revista MESA, 3ª edição, “O sentido de público na arte”, maio de 2015.

10 Para mais informações sobre a imagem da antiga moeda romana e o encontro “Caranguejos & Borboletas”, também parte do projeto itinerante O sentido do público na arte, ver o estudo do caso “Caranguejos e Borboletas” nesta revista. Sobre a importância do enigma, ver “Caranguejos, Borboletas, Enigmas e Banquetes: Uma conversa com Eugenio Valdés Figueroa”. Revista MESA, 3ª edição, “O sentido de público na arte”, maio de 2015.

11 SZANIECKI, Barbara: “Inserções Multitudinárias nas Metrópoles e… nos museus”. Revista MESA, 3ª edição, “O sentido de público na arte”, maio de 2015.

12 DELEUZE, Gilles e PARNET, Claire. Dialogues. Paris: Champs/Flammarion, 1996, p. 9. In Ibid

13 Rodrigo Nunes explora o termo de transdução citando Gilbert Simondon, L’Individuation à la lumière des notions de forme et d’information (Grenoble: Jerôme Millon, 2005). In NUNES, Rodrigo. “Para uma política de contracafetinagem”, Revista MESA, 3ª edição, “O sentido de público na arte”, maio de 2015.

14 HOLMES, Brian. “Investigações extradisciplinares: Para uma nova crítica das instituições”. Revista Concinnitas, volume 1 ano 9, número 12, ps. 7-13, julho de 2008. In Éis, Rafa. “Ressurgências poéticas: o Programa Marés e a cidade”. Revista MESA, 3ª edição, “O sentido de público na arte”, maio 2015.

15 Ibid.

16 Texto disparador para El do lab El Niño/La Niña: Os fenômenos atmosféricos e as condições climáticas no contexto da mediação. El Niño e La Niña são fenômenos atmosféricos opostos. (…) A chegada de ambos não acarreta alterações e efeitos em uma única região do planeta, mas em todo ele, de distintas formas e simultaneamente, muitas vezes. As mudanças climáticas e os fenômenos atmosféricos são trazidos nesse lab como metáfora para discutirmos o campo das imprevisibilidades no que concerne à relação entre a educação e a arte através da mediação (…) In Kolker, op cit.

17 Éis op cit e também observado pelo artista visual e arte-educador Franklin Roosewelt Menezes de Lacerda no encontro em Juazeiro do Norte. Ver o vídeo (parte II) do encontro “Fazeres e saberes múltiplos”.

18 A dança também é uma forma de conhecimento: Rangoato Hlasane conversa com Mysterious Creatures Dance Fusion (MCDF Nqobile Khumalo, Neo Doctor Ncube, Wesley Hlongwane, Andile Nzuza e Invention Ramaisa). Revista MESA, 3ª edição, “O sentido de público na arte”, maio de 2015.

19 GUELMAN, Leonardo e SACRAMENTO, Nuno: “Da Fenomenologia do Encontro à Transnarração”. Revista MESA, 3ª edição, “O sentido de público na arte”, maio de 2015.

20 STRECK, Danilo. A educação popular e a (re)construção do público: Há fogo sob as brasas? Revista Brasileira de Educação, v. 11. n. 32, p. 272 – 284, 2006.

21 O subtítulo do 1º Fórum era “another world is possible” (Um outro mundo é possível).

22 Nunes op cit.

23 Hoff op cit.

24 BRUCE, Katie com Brian Hartley e t s Beall: “Sobre curadoria em público um experimento”. Revista MESA, 3ª edição, “O sentido de público na arte”, maio de 2015.

25 HETHERINGTON, Alex. “Modern Edinburgh Film School: O Rio de Prata”, Revista MESA, 3ª edição, “O sentido de público na arte”, maio de 2015.

26 BRUCE, Katie com Hans Clausen e Sarah Barr: “A instituição pública como material – um projeto em curso”. Revista MESA, 3ª edição, “O sentido de público na arte”, maio de 2015.

27 Ponge op cit. p.78

28 Pelbart op cit.