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Caminhada/marcha We Are One! de Constitutional Hill a Drill Hall em 23 de junho de 2012, para enfocar migração, xenofobia e acesso à saúde para toda a população da África do Sul. Foto: Reneilwe Mathibe

Contribuidores e Colaboradores

Revista Mesa 3ª edição

Alex Hetherington é artista visual, curador e escritor. Trabalha com filmes usando a denominação Modern Edinburgh Film School (Escola Moderna de Filmes de Edimburgo). A instituição apresenta sua prática na forma de artista com curadoria, produzindo novos projetos colaborativos, publicações e textos críticos, que juntos trabalham temas de aprendizado sobre o filme e suas ideias, artistas de imagem em movimento e seus filmes, escultura, poesia e novas expressões, com base em discussões.

Anthony Schrag nasceu no Zimbábue e cresceu no Oriente Médio, Reino Unido e Canadá. Formou-se primeiro em Redação Criativa no Canadá, onde seu primeiro livro de poesia foi publicado, mas trocou a vida de escritor solitário pela de artista multidisciplinar e, em 2005, terminou seu mestrado em Belas Artes em Glasgow. Atualmente, mora em algum lugar da Escócia. Trabalhando de modo site specific e participativo, já fez residências/exposições/apresentações na Hungria, Canadá, EUA, México, China, Noruega, Dinamarca, Finlândia, Alemanha e Islândia, bem como em diversos locais do Reino Unido.
Está terminando, na Newcastle University, doutorado no qual investiga o conflito, políticas e práticas socialmente engajadas. Para mais informações, visite este site absurdamente desatualizado.

Barbara Szaniecki possui graduação em Comunicação Visual pela École Nationale Supérieure des Arts Décoratifs de Paris, mestrado e doutorado em Design pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Tem ampla experiência prática na área de Design Gráfico. Atualmente é coeditora das revistas Lugar Comum (estudos de mídia, comunicação e cultura), Re-Dobra e Multitudes. Professora e pesquisadora da Escola Superior de Desenho Industrial da UERJ, suas pesquisas têm ênfase nas relações entre Design Gráfico (em particular do cartaz) e conceitos políticos como multidão, poder e potência, manifestação e representação. É membro da Rede Universidade Nômade e Conceptualismos del Sur. É autora dos livros Estética da multidão (Editora Civilização Brasileira, 2007) e Disforme contemporâneo e design encarnado: Outros monstros possíveis (Editora Annablume, 2014).

Bia Jabor é artista plástica e arte-educadora. Formada em Licenciatura em Educação Artística com Habilitação em Artes Plásticas pela FAAP (Fundação Armando Álvares Penteado) de São Paulo (SP). Desde 2008 é gerente de Arte e Educação da Casa Daros/Rio de Janeiro. De 2004 a 2008 foi diretora da Divisão de Arte Educação do Museu de Arte Contemporânea de Niterói e integrou a equipe de arte-educadores do MAC/Niterói desde 1998. Em 2007 coordenou o programa educativo do Museu das Telecomunicações, no espaço cultural Oi Futuro, no Rio de Janeiro. Há mais de quinze anos atua na área de educação em museus, realizando pesquisa e materiais educativos para professores, oficinas e mediação. Assim como trabalha na coordenação e elaboração de projetos educativos para exposições temporárias.

Brian Hartley trabalha com as disciplinas arte visual, design e arte performática, refletindo o interesse continuado pela relação entre arte visual, fotografia, teatro e performance. Esse trabalho toma diversas formas, desde cenografia até apresentação/performance e documentação, tanto no palco como fora dele. Em sua empresa stillmotion, Brian cria eventos de performance colaborativos envolvendo dança, design e participação, muitas vezes apresentados para um público em que se misturam várias gerações. Desde 2009, a stillmotion vem desenvolvendo trabalho de dança interativa para públicos jovens chamado We dance, we groove em festivais no Reino Unido e em outros países. É artista associado da Imaginate e, nessa função, participou do Fresh Tracks Europe, rede europeia de espaços e festivais que apoia o desenvolvimento da dança para públicos jovens. No trabalho com crianças, também foi consultor do Conselho Municipal de Stirling, desenvolvendo habilidades fotográficas e práticas criativas em ambientes de creche e educação infantil entre 2007 e 2014, atividade que culminou num artigo para publicação sobre educação infantil a ser veiculada em 2015. No verão de 2014, apresentou o Scotch Hoppers, instalação interativa e performance inspirada nos jogos de rua infantis, como parte do programa cultural dos Jogos da Comunidade Britânica de 2014. (www.stillmotion.co.uk/)

Chloé Le Prunennec é artista plástica, escritora, tatuadora e filmmaker que nasceu em Paris, em 1991. Graduou-se em Cinema de Animação em 2012 e pouco depois viajou para a América do Sul, percorrendo Chile, Argentina, Bolívia, Paraguai. Criou um blog de viagem (Les Chiens Noirs du Mexique) onde publica textos e ilustrações. Chegou ao Brasil em 2014 e escreveu/ilustrou o livro Estrelas cadentes, pouco antes de sua primeira exposição individual em Florianópolis. Trabalha como assistente de produção e no estúdio de tatuagem Fox Tattoo.

Daniel Leão nasceu no Rio de Janeiro em 1984. Graduou-se em Cinema pela Universidade Federal Fluminense e, em 2013, obteve o título de mestre em Comunicação Social ao estudar os usos do som no cinema documentário. Desde então, atua de forma independente no cinema e desenvolve experimentos sonoros e trabalhos audiovisuais com artistas como Ivar Rocha e Mariane Monteiro. Atualmente, trabalha na montagem de seu primeiro longa-metragem, A felicidade às vezes mora aqui, a partir de exposição coletiva homônima no MAC Niterói, dá prosseguimento às filmagens iniciadas há um ano de Lo que seja em tu corazón ainda que em cinco minutos e atua como produtor artístico audiovisual do Museu de Arte Contemporânea de Niterói.

Danilo R. Streck, doutor em Educação pela Rutgers University, é pesquisador visitante no Latin American Center (UCLA) e no Max Plank Institute for Human Development de Berlim e Professor do Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos). Projetos de pesquisa recentes têm como foco a educação popular, a pedagogia latino-americana, mediações pedagógicas em processos sociais participativos e metodologias participativas de pesquisa. É autor de Educação para um novo contrato social (Vozes), coorganizador do Dicionário Paulo Freire (Autêntica) e editor do International Journal of Action Research.
E-mail: dstreck@unisinos.br ou streckdr@gmail.com.

Diana Kolker Carneiro da Cunha (Rio de Janeiro, Porto Alegre e nuvem) é educadora integrante do Coletivo E. Desenvolve projetos transdisciplinares, borrando as fronteiras entre arte, educação, história, etc. (especialmente etc.). Membro do Conselho de Educação do MAC de Niterói. Em parceria com o Instituto MESA e a Casa Daros, co-coordenou o Laboratório Contemporâneo: Propostas e descobertas do que é arte (ou pode ser), programa experimental realizado com jovens artistas. Graduada em história pela PUCRS e especialista em pedagogia da arte pela UFRGS, colaborou na concepção e supervisão do programa de formação dos mediadores da 9ª Bienal do Mercosul|Porto Alegre. Atuou em edições anteriores dedicando-se aos cursos para professores, à supervisão de mediadores e à mediação. No projeto Séculos Indígenas no Brasil, co-coordenou a Ação Educativa, contribuindo para realização do Curso de Formação de Mediadores Indígenas, Material Didático e Fórum de Atualização de Professores. Lecionou história e arte em escolas da rede pública e privada de Porto Alegre. Foi mediadora em diversas mostras nas principais instituições de arte de Porto Alegre.

Emma Balkind é doutoranda do Arts & Humanities Research Council (AHRC) da Glasgow School of Art. Estovers, projeto de pesquisa voltado para o público, trará outros artistas para pensar as semelhanças básicas entre as diferentes evocações do commons – o bem comum (no inglês, the commons são recursos compartilhados que podem ser da terra [esgotáveis] ou imateriais [gerativos]). Investiga a ideia de que, “se o conceito de bem comum/do baldio/do compartilhado é inteiramente mutável ou incerto, então o que é esta noção fantasma de bem comum que é mantida em sua reiteração?”
Atualmente, Balkind também está produzindo Sick Sick Sick: The Books of Ornery Women, projeto sobre autoria feminina e subjetividade radical em parceria com Laura Edbrook e a revista MAP. Mais recentemente, seus textos foram encomendados para publicação pela Galerija Galženica, de Zagreb, e YYZ Artists’ Outlet, de Toronto.

Eugenio Valdés Figueroa (La Habana, 1963) é curador, crítico e historiador da arte. Tem sido co-curador das bienais da Havana e pesquisador in situ de arte africana contemporânea; professor na faculdade de Arte e Letras da Universidade de Havana; tem ministrado cursos e workshops no Instituto Superior de Arte de Havana (ISA). Pesquisador de arte latino-americana, tem sido curador em inúmeras exposições e escrito extensamente sobre o tema. Colabora com várias revistas de arte como Atlántica Internacional, Third Text, Parachute, Arte Cubano, entre outras. Foi diretor e fundador do programa de Arte e Educação da Casa Daros Latinamerica, no Rio de Janeiro, e atualmente diretor da CIFO (Cisneros Fontanals Art Foundation) em Miami.

Felipe Moreno é graduado em Comunicação na Universidad de Bogotá Jorge Tadeo Lozano (UJTL), em Bogotá, Colômbia, e mestre em Linguagens Visuais pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Rio de Janeiro (UFRJ). É pesquisador e fotógrafo independente. Sua pesquisa teórico/prática em fotografia aborda questões de representação e fotografia no campo ampliado. Participou em duas edições do Festival Internacional Foto Rio. Recentemente trabalhou como pesquisador de arte contemporânea latino-americana na Casa Daros Latinamerica.

Hans K Clausen mora em Edimburgo, onde tem um estúdio no Edinburgh Sculpture Workshop. Após carreira em serviço social e orientação psicológica, concluiu o curso básico de graduação (Foundation Diploma) da Leith School of Art e obteve o grau de bacharel com louvor em Escultura pelo Edinburgh College of Art, em 2012. No mesmo ano em que ganhou o prêmio Signature Art, foi selecionado como um dos artistas emergentes de 2013 por duas publicações de Londres: Catlin Art Guide e Glass Magazine. Atualmente, faz duas residências como artista: no Yorkhill Hospital, para a Gallery of Modern Art (GoMA), em Glasgow, e um projeto de arte e ciência da Creative Scotland, Nil by Mouth.

Jessica Gogan é curadora e educadora independente, diretora do Instituto MESA, do Rio de Janeiro, e editora geral da Revista MESA. Entre seus projetos recentes estão O sentido do público na arte – encontros considerando as singularidades regionais brasileiras em três distintos contextos; O Laboratório contemporâneo: Propostas e descobertas do que é arte (ou pode ser), na Casa Daros, em colaboração com o Coletivo E; o Núcleo Experimental de Educação e Arte no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro; avaliação do projeto pedagógico da 8ª Bienal do Mercosul, em Porto Alegre; exposição e residência do artista brasileiro José Rufino no Museu Andy Warhol (Pittsburgh, EUA), onde foi diretora de educação e curadora de projetos especiais. Atualmente, cursa Ph.D em História da Arte na Universidade de Pittsburgh.

José Rufino desenvolveu sua jornada artística passando da poesia para a poesia-visual e, em seguida, para a arte postal, desenhos e pinturas, ainda nos anos 80. Os diálogos dicotômicos envolvendo memória/esquecimento, opulência/decadência e opressão/oprimido contaminam seu trabalho. Entre as obras mais significativas, estão a série Cartas de areia – desenhos sobre envelopes e cartas de família; as instalações Vociferatio, Lacrymatio e Respiratio, produzidas nos anos 90, e Laceratio e Murmuratio, expostas na 3ª Bienal do Mercosul e Museu da Vale; Plasmatio, produzida com móveis e documentos relacionados a desaparecidos políticos brasileiros (25ª Bienal de São Paulo; Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães; Museu Oscar Niemeyer; Museu de Arte Contemporânea de Niterói; Embaixada do Brasil em Berlim); Divortium Aquarum (Usina Cultural Energisa; Centro Cultural Banco do Brasil-RJ) e Ulysses, na Casa França Brasil.

Katie Bruce é produtora e curadora da Gallery of Modern Art (GoMA), de Glasgow, onde trabalha há 12 anos. Exposições e programas recentes exploraram o brincar, a saúde e a prática artística participativa. É curadora do Ateliê Público nº 2 e do YoHoArt e se interessa pelo campo da prática curatorial e dos modelos institucionais como um todo. Algumas dessas linhas de investigação estão documentadas no seu blog.

Leandro Almeida é produtor cultural formado pela UFF, estudou na Escola de Cinema Darcy Ribeiro, na Academia Internacional de Cinema, e ainda na UFF concluiu o curso de extensão Mídia e Educação. É videomaker e editor, atua como educador social no campo do audiovisual e ministrou cursos para formação de jovens comunicadores em pontos de cultura, ONGs e escolas públicas. É cineclubista e coordena o Cineclube Cineolho, que acontece no MAC Niterói desde 2007. Trabalhou no setor de arte-educação do MAC entre 2002 a 2009, coordenando e produzindo programas, projetos e eventos no campo sociocultural com foco nas comunidades do entorno do Museu. Trabalhou na implementação do Módulo de Ação Comunitária do MAC na comunidade do Morro do Palácio. Entre 2010 e 2013 atuou na Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura através da Programadora Brasil. Hoje coordena o programa Museu Fórum no MAC Niterói. É sócio diretor da Provisório Permanente Produções Culturais.

Leonardo Guelman é professor, escritor e pesquisador em arte e cultura. Possui graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal Fluminense (1986), mestrado em Filosofia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (1997, com a dissertação Univvverrsso Gentileza: a gênese de um mito contemporâneo) e doutorado em Literatura Comparada pela Universidade Federal Fluminense (2011, com a tese A escritura do Sertão: construção e derivas da imagem-sertão em obras paradigmas da sertanidade). É professor adjunto da UFF. Idealizou e coordenou o Projeto Rio com Gentileza, que promoveu duas ações de restauração (em 2000 e 2010) da obra mural do Profeta Gentileza no Rio de Janeiro. Foi coordenador do curso de graduação em Produção Cultural da UFF (1997-2000), diretor do Centro de Artes UFF (2001-2006) e curador do Teatro Raul Cortez (2007-2008). Recentemente dirigiu o Instituto de Arte e Comunicação Social da UFF e agora assumiu de novo a direção do Centro de Artes UFF. É professor do Departamento de Artes da UFF e do Programa de Pós-graduação em Cultura e Territorialidades. Suas pesquisas estão voltadas para as relações entre narrativas, imaginário e território.

Luiz Guilherme Vergara é professor do Departamento de Arte e das pós-graduações em Estudos Contemporâneos das Artes e Cultura e Territorialidade da Universidade Federal Fluminense (UFF). Como curador/diretor do Museu de Arte Contemporânea de Niterói (MAC) de 2005 a 2008, foi responsável pela curadoria de diversas exposições com foco no diálogo entre a arquitetura de Oscar Niemeyer e as práticas artísticas contemporâneas, tais como Poéticas do infinito (2005) e Abrigo poético de Lygia Clark (MAC, 2006), e pelo programa extramuros Arte Ação Ambiental (MAC,1998-) na comunidade do Morro do Palácio. Em 2013, de volta para a curadoria/direção do MAC, foi curador das exposições Alexandre Dacosta: percursos de coexistências improváveis e Suzana Queiroga: olhos d’água e participou das equipes e colaborações curatoriais das mostras de Joseph Beuys: Res-Pública – Conclamação para uma alternativa global e Carlos Vergara: Sudário. É coeditor da Revista MESA, e seus interesses de pesquisa concentram-se na interface entre arte, museus e sociedade.

Mônica Hoff, artista e pesquisadora, é bacharel em Artes Visuais, especialista em Pedagogia da Arte pela UFRGS e mestre em História, Teoria e Crítica de Arte pela UFRGS. De 2006 a fevereiro de 2014 coordenou o projeto pedagógico da Bienal do Mercosul, atuando como curadora de base e coordenadora do Programa Redes de Formação da 9ª Bienal do Mercosul (Porto Alegre, 2013). Nesse período organizou as seguintes publicações: Pedagogia no campo expandido, com Pablo Helguera, A nuvem e Manual para curiosos, com Sofía Hernandez Chong Cuy.

Mysterious Creatures Dance Fusion (MCDF) é um grupo de arte interdisciplinar formado em 2011 por jovens integrantes do programa educativo extracurricular da Biblioteca Keleketla!. A Biblioteca Keleketla! é uma organização sem fins lucrativos situada no coração de Johannesburgo. Trabalha com jovens, principalmente estudantes, usando a arte como um dos meios de educação e informação. O Mysterious Creatures Dance Fusion foi formado para dar continuidade àquilo que seus fundadores haviam aprendido; para crescer e se desenvolver na dança e encontrar colaborações independentes de facilitadores; para explorar o movimento criativo tanto dentro do teatro físico como fora dele. Nossa missão é criar uma plataforma para jovens artistas e aspirantes colaborarem e colocarem em prática suas técnicas enquanto aprendem uns com os outros e crescem juntos.

  • Nqobile Khumalo: A dança é uma linguagem livre e fácil tanto para comunicação como para expressão. Ela me permite usar gestos do dia a dia para me comunicar sem o uso de palavras. Seu significado vai além do significado dos movimentos físicos; ela pode incorporar todas as outras emoções muito melhor do que palavras às vezes, simplesmente porque é uma linguagem visual e a única mentira que pode contar é a própria mensagem, se não for representada com base nas emoções verdadeiras da pessoa.
  • Neo Doctor Ncube: É preciso ser atleta para dançar, mas para ser dançarino, é preciso ser artista. Na dança, existe vitalidade, uma força vital, uma energia, um despertar que se traduz em ação através de mim. E como não existe outro Neo, essa expressão é única e difícil de bloquear, porque se for bloqueada, dificilmente existirá por qualquer outro meio. Se perderá. A dança é uma linguagem artística que define quem eu sou. É assim que me comunico com meu povo; alguns podem entender e outros podem não perceber o que tento representar. Por fim, cito a frase: “A dança é uma expressão vertical de um desejo horizontal.” Lembre disso!
  • Wesley Hlongwane começou a dançar em 2008. Trabalhou e se apresentou com diferentes artistas que o incentivaram e o apresentaram a diferentes técnicas e habilidades. Começou a trabalhar com a Biblioteca Keleketla! em 2010, com Nqobile Khumalo, Doctor Neo Ncube, Emma Ramashala e Lerato Makopo, sob orientação de Michael Shelton Machaya, num número chamado Movement Mandela. Depois, trabalhou com The Forgotten Angle Theatre Collaborative, uma parceria contínua, como participante do MCDF. Entre os outros colaboradores estão Nyaniso Dzedze, alunos de Belas Artes da Wits School of Arts (Ruru Rusike, Grace Mmabatho Mokalapa e Daniella Dagnin) e, recentemente, Lindiwe Matshikiza, com sua produção interdisciplinar Donkey Child.
  • Andile Nzuza: Compreendo a dança como um espírito que fala e respeito sua presença, pois ela leva minhas emoções a se envolverem num outro nível de consciência e sabedoria da energia cósmica. Nasci como artista que canta, dança, representa e até faz ginástica. Comecei profissionalmente em afro-fusion e dança contemporânea quando frequentava a companhia Moving Into Dance Moiphatong, no seu programa de aulas abertas, obtendo um certificado em 2013. Como indivíduo espiritual, danço para que meus ancestrais me transmitam iluminação e sabedoria.
  • Invention Tshibollo Ramaisa: A dança é muito importante para mim, porque posso contar muitas histórias usando apenas meu próprio corpo. Cada movimento tem seu significado único. Sei dançar diferentes estilos: afro-fusion, pantsula, hip hop e contemporânea. Sou um dançarino!

¡NoPasaran! é um coletivo heterogêneo de artistas, produtores, ativistas e diretores de cinema que propõe uma nova estrutura para a produção audiovisual que fuja dos editais e de qualquer forma de controle sobre a produção de filmes, uma vez que o controle e a burocracia têm crescido de maneira assustadora dentro do conceito estatal de produção. Portanto, aqui não interessa quem são os artistas envolvidos, mas, como acontece com os black blocs, o mais importante é a tática e quem está interessado em reproduzi-la. Importante dizer que para fazer hoje um filme no Brasil e lançá-lo em salas de cinema é preciso um CPB e um CRT, além de taxas e uma série de burocracias que impedem qualquer meio de produção focada na qualidade artística e sem lidar com as grandes produtoras; não à toa a qualidade dos filmes brasileiros e os temas têm sofrido uma piora de grandes proporções. A tática ¡NoPasaran! propõe que se façam filmes fora desse modelo imposto, e uma vez arte, não poderão ser perseguidos e censurados pelos agentes governamentais. Hoje esse coletivo conta com diretores, artistas, empresários, figurinistas, roteiristas, ativistas e qualquer um que esteja fazendo material audiovisual sobre o país por uma plataforma totalmente independente. Assim, mais que um coletivo, ¡NoPasaran! é uma proposição para que pacificamente quebremos essas estruturas regulatórias sobre obras autorais que obrigam o artista virar uma espécie de profissional de editais e um tipo de burocrata da arte, como uma espécie de protesto pacífico mas contundente, que mostre como funciona o esquema de todos os governos e sua estrutura viciada. Sendo proposição, ¡NoPasaran! não é um grupo, não pode ser identificado, nem perseguido, ele propõe um cinema de arte autoral, anarquista e reflete essa ideologia em seu formato.

Nuno Sacramento nasceu em Maputo, Moçambique, e hoje mora e trabalha em Aberdeenshire, onde é diretor da Scottish Sculpture Workshop, em Lumsden. É formado pelo programa de treinamento de curadoria deAppel e tem doutorado em Artes Visuais da School of Media Arts and Imaging, Duncan of Jordanstone College of Art and Design, de Dundee. Dedica-se a questões relacionadas à viabilidade de pequenas organizações de artes, terra e assuntos rurais, compartilhamento de habilidades em ofícios e colaboração, Arts and Crafts no século XXI e os commons. É pesquisador, curador de projetos, escritor e palestrante.

Peter Pál Pelbart é professor titular de filosofia na PUC-SP. Escreveu principalmente sobre loucura, tempo, subjetividade e biopolítica. Publicou O tempo não-reconciliado (Perspectiva), Vida capital (Iluminuras) e, mais recentemente, O avesso do niilismo: cartografias do esgotamento (n-1 edições), entre outros. Traduziu várias obras de Gilles Deleuze. É membro da Cia. Teatral Ueinzz e coeditor da n-1 edições.

Rafa Silveira [Rafa Éis], artista visual, educador, tatuador etc., é descendente de negro, de indígena e de europeu. Vive e trabalha entre Porto Alegre e Rio de Janeiro. Mestrando em Processos Artísticos Contemporâneos pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro, colaborou na concepção e desenvolvimento de ações de projetos pedagógicos de diversas instituições de arte. É integrante fundador do Coletivo E, grupo independente de educadores-artistas, e artista do Projeto Casa Grande (Prêmio Funarte de Arte Negra, 2013).

Rangoato Hlasane é profissional da cultura, escritor, ilustrador, DJ e educador de Johannesburgo, África do Sul. Hlasane (nascido em 1981 em Polokwane) tem mestrado (com louvor) pela Faculdade de Arte, Design e Arquitetura da University of Johannesburg. É cofundador da Biblioteca Keleketla!, organização independente e interdisciplinar situada em Joubert Park, Johannesburgo. Recentemente, Rangoato passou a integrar o corpo docente da Wits School of Arts e Wits School of Education. Seu trabalho de design e ilustração inclui a campanha pública do jornal de um único dia publicado pela Chimurenga, intitulado The Chronic (2011). Sua publicação independente CCTV faz um levantamento da prática atual em Johannesburgo e outros lugares, inspirando-se no ethos e na estética das revistas da Medu Art Ensemble (1979-1984). Rangoato foi chamado, junto com o cofundador da Biblioteca Keleketla! Malose Malahlela, como autor convidado de um relatório encomendado pelo Goethe Institut sobre educação artística na África, recentemente publicado pela Contact Zones, do Quênia, e intitulado “Creating Spaces”, com Nicola Laure Al-Samarai. Como Mma Tseleng, trabalha como DJ e faz palestras de som para ampliar sua pesquisa sobre a importância social, política e econômica da música sul-africana, com Kwaito no centro desse engajamento permanente. Sua pesquisa e escritos sobre as histórias musicais da África do Sul são publicados em diversas plataformas e formatos.

Roberta Condeixa, educadora e artista-pesquisadora, atualmente coordena o Programa de Arte e Educação da Casa Daros. Mestranda em Estudos Contemporâneos das Artes na UFF, pesquisa práticas artísticas compartilhadas na América Latina, mapeando artistas que promovam a inserção de biografias em um corpo de múltiplas vozes. Realiza ações e pesquisa sobre a arte como potência de linguagem e modificação nas estruturas sociais. Trabalhou com arte e educação em instituições como MAC, Oi Futuro, CCBB e em projetos independentes. No Departamento de Arte Educação do MAC, elaborou projetos continuados com jovens de escolas da vizinhança e do Morro do Palácio (favela vizinha à instituição) e participou de intercâmbio internacional com o Andy Warhol Museum.

Rodrigo Nunes é professor de filosofia moderna e contemporânea na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). É autor de Organisation of the Organisationless: Collective Action After Networks (London: Mute/PML Books) e recentemente editou um dossiê sobre o quadro político brasileiro depois dos protestos de 2013 para a revista francesa Les Temps Modernes. Como curador, organizou o evento Stronger Are The Powers of the People: Politics, Poetics and Popular Education in Brazilian Cinema, 1962-1979, realizado em Londres e Berlim.

Sarah Barr é coordenadora do Serviço para Crianças e Adolescentes do Royal Hospital for Sick Children (Yorkhill), em Glasgow. Há seis anos no cargo, Barr oferece e desenvolve programas de criação para crianças e adolescentes internados no hospital e organiza um programa de voluntários que apoia o trabalho dos funcionários e artistas. Antes, trabalhou na Pollok House, em Glasgow, como diretora educacional do National Trust for Scotland. Atualmente, faz mestrado em meio período em Estudos de Museus na University of Leicester, com concentração em estudos de aprendizado e visitantes nos museus.

t s Beall é artista e trabalha com mídias digitais e o universo público. É bolsista de doutorado colaborativo, pelo qual trabalha com o Riverside Museum of Transport and Travel, baseada no Departamento de Estudos de Teatro da University of Glasgow. Sua pesquisa a partir da prática investiga o uso de eventos criativos e práticas contemporâneas de performance para mapear novas estratégias de engajamento dos visitantes com os museus e instituições históricas. Seu trabalho tem duas vertentes distintas, que tentam responder (e fazer) perguntas sobre paisagem e placemaking. A vertente digital faz isso ao examinar paisagens distantes (desincorporadas), com o uso de filmes perdidos (found footage) e imagens de reconhecimento. (www.tsbeall.com)
Obras de arte e eventos públicos recentes investigam como indivíduos e instituições se engajam com os espaços públicos e como as decisões acerca de desenvolvimento e regeneração influenciam esse envolvimento com públicos díspares.