Makers’ Meal e a produção do novo common K. Morris, E. Ogilvie, K. Mellard e J. Rose ao redor da mesa antes do jantar

Contribuidores e Colaboradores Revista Mesa 1ª edição

Anita Sobar é artista plástica e educadora, pós-graduanda em Arte e Filosofia pela PUC-Rio (2013). É graduada em Pintura pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ, 2008). Participou do programa Aprofundamento da Escola de Artes Visuais do Parque Lage, no Rio (2010). Desde 2005 desenvolve trabalhos nas áreas de arte e educação, atuando em diferentes centros culturais e museus como MAC Niterói/RJ (2005 a 2007), Centro Cultural Oi Futuro (2007 a 2011) e Núcleo Experimental de Educação e Arte no Museu de Arte Moderna (RJ). Atualmente é professora do núcleo de arte e tecnologia da Escola Spectaculu, no Rio. Atuou em exposições como Ecos de Hélio (Centro Cultural Hélio Oiticica/RJ), Festival Parede (Centro Cultural Justiça Federal/RJ, 2010), Tijuana – Feira de Arte Impressa (Galeria Vermelho/SP, 2010), Urbanário (Espaço Cultural Sérgio Porto/RJ, 2013) e Paisagens de Delírio, coletivo Urbanário – MAC como Obra de Arte (MAC Niterói/RJ, 2013).

Bernardo Zabalaga é graduado em Comunicação Social (2003) na UCB/Bolívia, e em Interpretação Teatral (2009) na ESTC de Lisboa. É também mestre em Prática de Teatro Avançada na Central School of Speech and Drama, University of London (2010). Trabalhou em produções teatrais diversas, performance e live art, dança butoh e teatro-dança. Seus últimos trabalhos foram nas áreas da intervenção urbana, vídeoarte e diversas performances no MAM-RJ, onde trabalhou no programa educativo entre 2011 e 2013. Desde julho de 2013 dá aulas de arte no MBdRAC. Atualmente realiza pesquisa teórico/prática que envolve o estudo de tradições ancestrais e os seus usos e costumes espiritualistas.

Bianca Bernardo se define como “artista-etc.”, elabora práticas híbridas entre performance, educação, curadoria e gestão cultural. Mestre em Artes pela UERJ, é coordenadora de Educação do Museu Bispo do Rosário Arte Contemporânea. Integrou a equipe do Núcleo Experimental de Educação e Arte do MAM-RJ de 2011 a 2013. Participou de workshop para artistas-educadores da Casa Daros em 2009, realizando encontros com diversos artistas, curadores e críticos de arte. Colabora com artistas e espaços independentes entre as cidades do Rio de Janeiro, Recife, Lisboa, Rosário e Buenos Aires. Atualmente participa do grupo LCCC, no qual desenvolve pesquisa sobre a experiência Lygia Clark.

Claudia Zeiske é curadora e trabalhou em organizações escocesas e internacionais. Foi gerente de desenvolvimento da Duff House, filial da National Galleries of Scotland, e organizou o aclamado programa Artists at Glenfiddich, na região rural de Speyside. Claudia dedica-se a levar questões locais para a esfera global. Hoje, concentra-se na ampliação do programa de residência internacional da Deveron Arts (the town is the venue), em Huntly, Escócia, no qual desenvolveu proposta curatorial singular, baseada em abordagem equilibrada entre a importância artística e o envolvimento da comunidade por meio de projetos com artistas de todo o mundo. É coautora (com N. Sacramento) de ARTocracy (Berlim, 2010).

Ernesto Neto é um dos mais conhecidos dos artistas brasileiros contemporâneos. Estudou escultura na Escola de Artes Visuais do Parque Lage (EAV Parque Lage) na década de 1980. Influenciado pelo movimento brasileiro neoconcreto, Hélio Oiticica e Lygia Clark em particular, e por outros artistas brasileiros de renome, como José Resende e Tunga, ao longo das últimas décadas Neto tem criado estilo único e desenvolvido carreira reconhecida internacionalmente, combinando explorações de formas e materiais abstratos e simbólicos. Suas grandes e macias formas biomórficas, redes e labirintos, muitas vezes preenchem espaços de exposições inteiras, onde os espectadores são convidados a interagir. Em 2009, seu Anthropodino encheu o gigante Park Avenue Armory, em Nova York. Recentemente o artista vem transformando suas instalações em paisagens suspensas e interativas. Parceiro na galeria Gentil Carioca no Rio de Janeiro, Neto exibiu extensivamente em todo o Brasil e no exterior.

Imagens do Povo é um centro de documentação, pesquisa, formação e inserção de fotógrafos populares no mercado de trabalho que atua na Maré, Rio de Janeiro. É também um espaço aberto destinado à apresentação e discussão da produção fotográfica contemporânea. Criado pelo Observatório de Favelas, alia a técnica fotográfica às questões sociais, registrando o cotidiano das favelas por meio de uma percepção crítica, que leva em conta o respeito aos direitos humanos e à cultura local.

Os fotógrafos de Imagens do Povo apresentados na videoentrevista com o diretor do Observatório de Favelas, Jailson Souza, são AF Rodrigues, Bira Carvalho, Elisângela Leite, Fábio Caffé, Fagner França, Ingrid Cristina, JV Santos, Léo Lima, Léo Melo, Márcia Farias, Monara Barreto, Naldinho Lourenço, Nando Dias, Paulo Barros, Ratão Diniz, Rovena Rosa, Rosilene Miliotti, Rubia Pella, Thiago Diniz, Veri-vg e Vitor Madeira. Para mais informações: www.imagensdopovo.org.br/fotografos/.

Jailson de Souza e Silva possui graduação em Geografia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1984), mestrado em Educação pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio, 1994), doutorado em Sociologia da Educação também pela PUC (1999) e pós-doutorado pelo John Jay College of Criminal Justice – City University of New York. Professor associado da Universidade Federal Fluminense, fundou o Observatório de Favelas do Rio de Janeiro, foi secretário de Educação de Nova Iguaçu e subsecretário executivo da Secretaria Estadual de Assistência Social e Direitos Humanos do Rio de Janeiro. Tem diversas pesquisas e trabalhos publicados na área de estudos e políticas urbanas, e atua principalmente nos seguintes temas: políticas sociais, favelas, periferias, violência, educação e tráfico de drogas.

Jessica Gogan é curadora e educadora independente baseada nos Estados Unidos e no Brasil, e diretora do Instituto MESA, do Rio de Janeiro, organização sem fins lucrativos que atua na interseção da arte socialmente engajada, curadoria e educação. Entre seus projetos recentes estão o Núcleo Experimental de Educação e Arte no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, avaliação do projeto pedagógico da 8ª Bienal do Mercosul, em Porto Alegre, e exposição e residência do artista brasileiro José Rufino no Museu Andy Warhol (Pittsburgh, EUA), onde foi diretora de educação e curadora de projetos especiais. Atualmente, é aluna de Ph.D. em História da Arte na Universidade de Pittsburgh.

José Rufino desenvolveu sua jornada artística passando da poesia para a poesia-visual e, em seguida, para a arte postal, desenhos e pinturas, ainda nos anos 80. Os diálogos dicotômicos envolvendo memória/esquecimento, opulência/decadência e opressão/oprimido contaminam seu trabalho. Entre as obras mais significativas, estão a série Cartas de Areia – desenhos sobre envelopes e cartas de família; as instalações Vociferatio, Lacrymatio e Respiratio, produzidas nos anos 90, e Laceratio e Murmuratio, expostas na 3ª Bienal do Mercosul e Museu da Vale; Plasmatio, produzida com móveis e documentos relacionados a desaparecidos políticos brasileiros (25ª Bienal de São Paulo; Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães; Museu Oscar Niemeyer; Museu de Arte Contemporânea de Niterói; Embaixada do Brasil em Berlim); Divortium Aquarum (Usina Cultural Energisa; Centro Cultural Banco do Brasil-RJ) e Ulysses, na Casa França Brasil.

Leandro Almeida é produtor cultural formado pela UFF, estudou cinema na Escola de Cinema Darcy Ribeiro, na Academia Internacional de Cinema, e ainda na UFF concluiu o curso de extensão mídia e educação. É videomaker e editor, atua como educador social no campo do audiovisual e ministrou cursos para formação de jovens comunicadores em pontos de cultura, ongs e escolas públicas. É cineclubista e coordena o Cineclube Cineolho que acontece no MAC Niterói desde 2007. Trabalhou no setor de arte-educação do MAC entre 2002 a 2009, coordenando e produzindo programas, projetos e eventos no campo sociocultural com foco nas comunidades do entorno do Museu. Trabalhou na implementação do Módulo de Ação Comunitária do MAC na comunidade do Morro do Palácio. Entre 2010 e 2013 atuou na Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura através da Programadora Brasil. Hoje coordena o programa Museu Fórum no MAC Niterói. É sócio diretor da Provisório Permanente Produções Culturais.

Leonardo Guelman é professor, escritor e pesquisador em arte e cultura. Possui graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal Fluminense (1986), mestrado em Filosofia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (1997, com a dissertação Univvverrsso Gentileza: a gênese de um mito contemporâneo)  e doutorado em Literatura Comparada pela Universidade Federal Fluminense (2011, com a tese A Escritura do Sertão: construção e derivas da imagem-sertão em obras paradigmas da sertanidade). É professor adjunto da UFF. Idealizou e coordenou o Projeto Rio com Gentileza, que promoveu duas ações de restauração (em 2000 e 2010) da obra mural do Profeta Gentileza no Rio de Janeiro. Foi coordenador do curso de graduação em Produção Cultural da UFF (1997-2000), diretor do Centro de Artes UFF (2001-2006) e curador do Teatro Raul Cortez (2007-2008). Atualmente dirige o Instituto de Arte e Comunicação Social da UFF. É professor do Departamento de Artes da UFF e do Programa de Pós-graduação em Cultura e Territorialidades. Suas pesquisas estão voltadas para as relações entre narrativas, imaginário e território.

Luiz Guilherme Vergara é professor do Departamento de Arte e das pós-graduações em Estudos Contemporâneos das Artes e Cultura e Territorialidade da Universidade Federal Fluminense (UFF). Como curador/diretor do Museu de Arte Contemporânea de Niterói (MAC) de 2005-2008 foi responsável pela curadoria de diversas exposições com foco no diálogo entre a arquitetura de Oscar Niemeyer e as práticas artísticas contemporâneas, tais como Poéticas do Infinito (2005) e Abrigo Poético de Lygia Clark (MAC, 2006) e pelo programa extra-muro Arte Ação Ambiental (MAC,1998 -) na comunidade do Morro do Palácio. Em 2013, de volta para a curadoria/direção do MAC, foi curador das exposições Alexandre DacostaPercursos de coexistências improváveis e Suzana Queiroga: Olhos D’Água e parte das equipes e colaborações curatoriais das mostras de Joseph Beuys: Res-Pública – Conclamação para uma Alternativa Global e Carlos Vergara: Sudário. É co-editor da Revista MESA e seus interesses de pesquisa concentram-se na interface entre arte, museus e sociedade.

Nuno Sacramento nasceu em Maputo, Moçambique, e hoje mora e trabalha em Aberdeenshire, onde é diretor da Scottish Sculpture Workshop, em Lumsden. É formado pelo programa de treinamento de curadoria deAppel e tem doutorado em Artes Visuais da School of Media Arts and Imaging, Duncan of Jordanstone College of Art and Design, de Dundee. Dedica-se a questões relacionadas à viabilidade de pequenas organizações de artes, terra e assuntos rurais, compartilhamento de habilidades em ofícios e colaboração, Arts and Crafts no século XXI e os commons. É pesquisador, curador de projetos, escritor e palestrante.

Tania Rivera é ensaísta, psicanalista e professora do Departamento de Arte e da pós-graduação em Estudos Contemporâneos das Artes da Universidade Federal Fluminense (UFF). Doutora em Psicologia pela Université Catholique de Louvain, Bélgica, realizou pós-doutorado em Linguagens Visuais na Escola de Belas-Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). É pesquisadora bolsista do CNPq e autora dos livros Arte e Psicanálise (2002), Guimarães Rosa e a Psicanálise (2005) e Cinema, Imagem e Psicanálise (2008), todos por Jorge Zahar Editor), Hélio Oiticica e a Arquitetura do Sujeito (2012, Editora da UFF) e O Avesso do Imaginário. Arte Contemporânea e Psicanálise (2013, CosacNaify). Dirigiu, entre outros, o vídeo Ensaio sobre o Sujeito na Arte Contemporânea Brasileira (2012).

Virgínia Kastrup é doutora em Psicologia Clínica (PUC-SP) e professora associada do Programa de Pós-graduação em Psicologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro. É membro do Núcleo de Pesquisa Cognição e Coletivos (Nucc) e bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq. Suas investigações são voltadas para as áreas de arte, produção de subjetividade e deficiência visual. Publicou A Invenção de Si e do Mundo (Papirus, 1999; Autêntica, 2007) e Políticas da Cognição (Kastrup, Tedesco e Passos, Sulina, 2008). É uma das organizadoras de Pistas do Método da Cartografia (Passos, Kastrup e Escóssia, Sulina, 2009) e Exercícios de Ver e Não Ver: arte e pesquisa com pessoas deficientes visuais (Moraes e Kastrup, Nau, 2010), e publicou diversos textos em coletâneas e revistas especializadas.