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Encontro regional, O Sentido do Público na Arte: Fazeres e Saberes Múltiplos, 17 de maio de 2014, Juazeiro do Norte, Centro Cultural Banco do Nordeste Cariri. Frame do filme: Daniel Leão.

Fazeres e saberes múltiplo: Centro Cultural do Banco do Nordeste Cariri, Juazeiro do Norte
Introdução e vídeos (Parte 1 e 2)

No manifesto das artes
Nem erudito popular
Nas asas desse pavão
Tudo vai se misturar
E todos sentindo agora
A arte de se encantar
Pavão misterioso
Pássaro formoso
Tudo é mistério
Nesse seu voar.”

Francisco Bruno Elias da Silva, poeta de Cordel e os participantes do grupo de Leonardo Guelman no encontro Fazeres e saberes múltiplos1

O projeto O Sentido do Público na Arte assumiu como proposição a importância de se refletir sobre a complexidade estética e ética que envolve as interações públicas da produção artística contemporânea com a sociedade, considerando as singularidades regionais brasileiras em três distintos contextos: Rio de Janeiro, Porto Alegre e Juazeiro, Sertão.2

O terceiro encontro da série Fazeres e saberes múltiplos foi realizado no Cariri, Sertão do Ceará, em maio de 2014, e foi composto por visitas de campo e um encontro no Centro Cultural Banco do Nordeste, Cariri, em Juazeiro do Norte, que reuniu artistas, artesãos, músicos, poetas de cordel, pesquisadores, mestres de reisado e estudantes universitários para uma conversa sobre as interfaces arte-sociedade, o contexto regional, o imaginário, a artesania popular e a emergência de novas práticas artísticas. O encontro contou com o apoio do Centro Cultural Banco do Nordeste, em Cariri, e foi planejado em colaboração com Jacqueline Medeiros, gerente do Centro Cultural Banco do Nordeste de Fortaleza, o artista José Rufino, o doutor em cultura popular do Sertão e professor da Universidade Federal Fluminense (UFF) Leonardo Guelman, atual diretor do Centro de Artes UFF, o diretor/curador do Museu de Arte Contemporânea de Niterói e professor de arte na UFF Luiz Guilherme Vergara e Nuno Sacramento, diretor do Scottish Sculpture Workshop (SSW), na Escócia. O programa contou ainda com a participação e colaboração especial do pesquisador do Sertão Felipe Caixeta e do documentarista Daniel Leão.

 

Todo o programa foi filmado e editado por Daniel Leão. O vídeo do encontro foi editado em duas partes com duração de aproximadamente 25 minutos cada:

As discussões, incluindo uma seleção das conversas e uma breve montagem das visitas de campo

As apresentações de cada grupo

O encontro não teria sido possível sem a colaboração generosa do Centro Cultural Banco do Nordeste de Cariri e de Robério Oliveira da Silva, e especialmente de Daniel Leão, Felipe Caixeta, Jacqueline Medeiros, José Rufino, Leonardo Guelman, Luiz Guilherme Vergara e Nuno Sacramento.

Agradecemos em especial a todos que participaram do programa: Adelmar Ribeiro Palitot, Adriana B. Botelho, Aécio Rodrigues de Oliveira, Aglaíze Damasceno, Ana Cláudia de Sousa Farias, Anacã Rupert Moreira Cruz e Costa Agra, Anália Lobo Mesquita, Andréa Sobreira de Oliveira, Antonio Beethoven da Silva Eustaquio, Ariadne Souza de Morais, Cicera Silva dos Santos, Cicero Rogério Venancio da Silva, Cristina Dunaeva, Denily de Souza Costa, Edilania Vivian Silva dos Santos, Emrah Kartal, Fábio Souza Tavares, Francisco Bruno Elias da Silva, Francisco de Assis (Mestre Cachoeira), Francisco Diêgo Vieira de Oliveira, Francisco Gomes Novais (Seu Nena), Francisco Leonardo Ferreira Neto, Franklin Roosewelt Menezes de Lacerda, Gleison Amorim da Silva, Isaias Paulo Nunes de Almeida, Janaina Felix Julio, Jaqueline Barbosa Rodrigues, Jefferson de Albuquerque Junior, José Lourenço Gonzaga, José Nilton de Souza, José Renner Benevides de Alencar, José Stênio Silva Diniz, Juninho Batista, Juraci Barbosa Alves, Karina Pereira de Sousa, Karol Luan Sales Oliveira, Larissa Rachel Gomes Silva, Manoel Inácio Gomes, Maria da Paz Mendes Vieira, María do Horto, Maria do Rosário Lustosa da Cruz, Maria José da Silva (Mestre Lúcia), Nezite Alencar, Rafael Moraes de Lima, Rafael Vilarouca Peixoto Correia, Raquel de Santana Santos, Renato Dantas, Rildo Alves Araujo, Roberto M. Carvalho, Suelaine Lima Lucena Agra, Suyane Oliveira Santos, Verônica Leite Machado, Wandeállyson Dourado Landim Santos, Yago Gomes da Silva e Yasmine Moraes Alves de Lacerda.

Agradecemos ainda a Marcia Muller e Heloisa Bueno pela participação, ajuda no encontro e nas visitas de campo do programa, Adriana Botelho e Dane de Jade pela suas sugestões de visitas e colaboração divulgando o encontro, José Renner e Ricky Seabra pela assistência de fotografia e som no dia do encontro, e Pablo Lerner pela música maravilhosa que autorizou usar nos vídeos. Também apreciamos o tempo e acolhimento em nossas visitas de Francisco de Freitas, Lira Nordestina, Mestre Noza, Padre Giuseppe Venturelli e Mestre Aldenir.

Os colaboradores José Rufino, Leonardo Guelman e Nuno Sacramento contribuíram também com ensaios para a Revista MESA: Rufino fez uma reflexão poética e Leonardo e Nuno produziram um diálogo/colagem de textos e imagens. Daniel Leão editou um ensaio visual de suas impressões.

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1 Letras inventadas (um cordel junto com a música sobre o pavão misterioso) por
Francisco Bruno Elias da Silva, poeta de Cordel, e os participantes (grupo de Leonardo Guelman) no encontro Fazeres e saberes múltiplos, em 17 de Maio de 2014.

2 O projeto, coordenado pelo Instituto MESA e premiado pela 10ª edição Redes de Encontros nas Artes Visuais da Funarte, promoveu uma série de encontros, abrigando o intercâmbio de ideias e experiências que vêm ressignificando o sentido de público na arte e na cultura brasileira. Partindo dessa premissa, criamos um fórum itinerante que reuniu múltiplas perspectivas presentes no horizonte das práticas culturais nacionais em três regiões distintas: Rio de Janeiro/RJ, Porto Alegre/RS e Juazeiro do Norte/CE. A série de encontros foi planejada em colaboração com instituições, artistas, curadores e educadores locais: Rio de Janeiro/Casa Daros, com a gerente de arte e educação, Bia Jabor, o ex-diretor de arte e educação, Eugenio Valdés Figueroa, e a coordenadora do programa Arte é Educação, Roberta Condeixa; Porto Alegre/Bienal do Mercosul, com a curadora/educadora independente Mônica Hoff, também ex-coordenadora do projeto pedagógico da Fundação da Bienal do Mercosul e uma das curadoras da 9ª Bienal do Mercosul, e os artistas/educadores Diana Kolker e Rafa Éis, integrantes do Coletivo E, que também colaboram com o projeto pedagógico desta e outras bienais; Juazeiro do Norte/Cariri, Centro Cultural Banco do Nordeste Cariri com a gerente do Centro Cultural Banco do Nordeste de Fortaleza, Jacqueline Medeiros, o artista José Rufino, o diretor do Museu de Arte Contemporânea de Niterói (MAC) e professor de arte da Universidade Federal Fluminense (UFF), Luiz Guilherme Vergara, o pesquisador da cultura popular com foco no Sertão e diretor do Centro de Artes UFF, Leonardo Guelman, o curador e diretor do Scottish Sculpture Workshop, Nuno Sacramento, e a participação e colaboração especial de Felipe Caixeta, pesquisador do sertão e mestrando da UFF, e do documentarista Daniel Leão. No final, foi organizado um Encontro Nacional, realizado em parceria com o MAC, que reuniu as perspectivas regionais que atravessaram o projeto no decorrer de todo o processo. Além dos colaboradores institucionais e regionais, participaram desse encontro as pesquisadoras Sabrina Marques Parracho Sant’anna e Tania Rivera, o crítico/curador Frederico Morais, que falou pela primeira vez sobre a Bienal inaugural do Mercosul em 1997, a artista Katie Van Scherpenberg, que fez a intervenção 14+1: sal grosso sobre areia na praia da Boa Viagem de Niterói, e o Coletivo ¡NoPasaran!, que exibiu no pátio do museu o filme É tudo mentira.