Nº6 VIDAS ESCONDIDAS
@pretomath3us, criptopoema, 2016.

Não escrever escondido: Literatura, adolescência e escola

Joyce Maravilha & Luiz Guilherme Ribeiro Barbosa

Durante o ano de 2019, Joyce Maravilha, estudante do ensino médio no Colégio Pedro II, escola pública no Rio de Janeiro, escreveu o conto “Mistério na escola”, sob orientação de seu professor de Português, Luiz Guilherme Ribeiro Barbosa. A experiência de escrever literatura começou com o encontro entre leitores: a estudante se reconhecia como amante de narrativas policiais, conhecedora da obra de Agatha Christie; o professor, diante dessa cena de leitura, lembrou de sua relação com os livros de Luiz Alfredo Garcia-Roza. Depois de escolher, baseada nas sinopses, um romance policial de Garcia-Roza para leitura em dupla e lê-lo, Joyce elaborou um mapeamento dos personagens e dos espaços da narrativa. Como professor, estive interessado em apresentar a elaboração do estilo no texto. Investigávamos como aparecia o que costuma se esconder – o processo do escrever, o escrever na adolescência, o fazer literatura na escola. Esse é o tema por excelência das narrativas policiais: o assassino esteve sempre ali, diante do leitor, como a carta roubada, diante da polícia. 

*

“Sabia ainda que no banheiro ele estaria urinando de modo que o jato de urina incidisse sobre a louça e não sobre a água, também para não incomodá-la”, diz uma das primeiras frases de Céu de origamis, narrativa publicada em 2009 por Luiz Alfredo Garcia-Roza.1 Não sabemos ainda quem é ela, quem é ele, mas percebemos tratar-se de um casal, percebemos que ela conhece detalhes de escatologia e cuidado do marido, e percebemos que a cena de rotina é narrada porque prenuncia uma falta. De repente, o marido não voltou para casa no final do dia de trabalho, a esposa está prestando depoimento na delegacia de polícia, ainda não sabemos o que aconteceu. Com Joyce, pensamos haver alguma relação entre a narrativa e o estilo: o desaparecimento do marido está prenunciado nos traços de indeterminação das frases, como a compor um “clima”, mas principalmente como uma ética do escrever. A imagem da urina no vaso é precisa. No entanto, quem é ela? Onde está ele? Onde foi parar a rotina?

*

Conheci Luiz Alfredo Garcia-Roza quando estava na graduação em Letras. Foi em 2006 ou 2007. Com um grupo de colegas, fomos entrevistá-lo no seu escritório, num prédio em frente à Academia Brasileira de Letras, no Centro do Rio de Janeiro. Havia nas estantes principalmente livros do próprio escritor, publicados em diversas línguas do mundo. A vista para Botafogo e o Pão de Açúcar apenas confirmava, para mim, um clichê carioca, e o que me espantou principalmente foi a quantidade de jornais. Lembro de ter perguntado para o escritor a respeito e ele responder que assinava diversos jornais, era onde encontrava ideias para suas histórias, onde, segundo ele, estava guardado parte do material narrativo. Embora o bairro de Copacabana apareça como espaço constante onde vivem seus personagens, e esse bairro, com seus crimes, represente os efeitos da utopia moderna que a Zona Sul carioca figurou para o Brasil a partir da década de 1950 – era no dia a dia das notícias e reportagens policiais que o escritor considerava esconderem-se as histórias. As narrativas tiradas de uma notícia de jornal desenvolviam a matéria textual criminosa, ou melhor, a matéria textual composta sob efeito dos crimes, um tesouro de obscenidades.

*

De volta à escola. A proposta era que Joyce imaginasse uma narrativa curta, de teor policial, no espaço da escola. Passar para o lugar do escritor, no entanto, não costuma ser uma operação simples. Não que a diferença entre ler e escrever seja evidente, mas escrever considerando a publicação do que se escreve altera a relação com o próprio texto. Depois de preparada uma primeira versão, demais professores da escola fariam considerações ao conto de Joyce antes que ele fosse publicado na forma de plaquete e circulasse entre a comunidade escolar. Assim, colocava-se para a estudante uma experiência de publicação, pela qual seria reconhecida como autora. O texto escolar não estava destinado à leitura do professor – leitura silenciosa e solitária, especificamente interessada e em geral espécie de segredo, pacto entre o adulto e um adolescente. 

Antes, porém, da publicação na escola, Luiz Alfredo Garcia-Roza publicou aquele que teria sido seu derradeiro livro. A última mulher apareceu nas livrarias em meados de 2019 e recebeu uma série de matérias na imprensa comovidas com a situação de saúde do autor, que se encontrava acamado. Entre as matérias, uma do jornal O Globo recebeu nossa atenção, interessados que estávamos na obra do escritor e também nos lugares que um escritor ocupa na cultura. Por isso, respondemos a reportagem com um e-mail redigido em dupla, que foi publicado na seção “Carta dos Leitores” da edição de 9 de julho de 2019 do jornal O Globo

Carta dos leitores, 9 de julho, 2019, O Globo.

Durante a iniciação científica, eu aprendi a sentar e escrever mesmo sem inspiração, e também aprendi a parar tudo quando a inspiração vinha para escrever. Comecei a pensar na história mesmo nos momentos em que eu não estava escrevendo, no meu dia a dia. O fato de o conto se passar no bairro e na escola onde estudo ajudou muito nisso. Eu conseguia visualizar meus personagens nos lugares que eu frequentava, fazendo as mesmas coisas que eu fazia todo dia, como se eles fossem alunos reais no mesmo ambiente que eu. 

Lembro de um dia que eu estava na biblioteca da escola estudando, e comecei a imaginar o que aconteceria se eles entrassem ali naquele momento. E comecei a escrever, à mão, duas páginas inteiras. Foi uma sensação ótima. Acho que conseguir fazer tudo isso me amadureceu muito como escritora. 

Também aprendi muita coisa graças à orientação do professor. Foi muito importante ver o meu conto pelos olhos de outra pessoa, tanto para escrever melhor, quanto para conhecer mais meu próprio estilo, perceber padrões e elementos na minha escrita que eu sozinha não perceberia se alguém não me apontasse ou perguntasse sobre. 

Além de tudo, foi a primeira vez que eu me vi como escritora. Sempre sonhei em ser uma, mas, quando eu era mais nova e escrevia, nunca considerei que eu fosse. Só durante essa experiência comecei a levar isso mais a sério. Acho que ter coragem de mostrar o que eu escrevi para outras pessoas também foi importante nesse processo, me fez acreditar mais em mim mesma.

*

Na convalescença de Luiz Alfredo, a escritora Livia Garcia-Roza, sua companheira, publicou no Facebook uma série de breves narrativas e reflexões que foram referidas na carta que enviamos para o jornal O Globo. O trabalho de Livia lembrava a história de amor e refletia sobre o processo de sofrimento diante da perda iminente do companheiro. São textos de intensa delicadeza, que acompanhei de perto, mas raramente apresentei para Joyce. 

Um dia, no entanto, uma das postagens da escritora pareceu tocar num ponto do trabalho de Joyce. Acontece que, ao escrever seu conto, a estudante montou uma narrativa imaginando o desaparecimento de um professor de língua estrangeira na escola. Estava lidando com alguma espécie de luto? Estava imitando o gênero policial, refletindo as narrativas do gênero no contexto escolar. Mas por que o professor?

Propus, então, uma explicação, a meu ver, curiosa: ao imaginar o desaparecimento misterioso de um professor, a escritora Joyce Maravilha estaria, enfim, ensaiando uma ausência a ser vivenciada por ela, adolescente, em breve: o fim da escola. Nesse sentido, imaginar o desaparecimento de um professor implica considerar o desaparecimento da escola na vida adolescente, de modo que a ficção pode funcionar como espaço de amadurecimento, além de testemunho da formação cultural. Um ato, ao qual se pode sempre retornar ao longo da vida. 

Visitando diariamente o leito de Luiz Alfredo, sua companheira, na impossibilidade de conversar com o marido, nem por isso silencia o cotidiano. Escreve: “Tanta coisa pra contar pro Luiz Alfredo… Contei pras enfermeiras”.2 Há nesse gesto uma ambiguidade. Desviar o destinatário do discurso deriva da impossibilidade de interlocução com o marido, mas insistir naquele discurso para quem também cuidava dele implica prosseguir com a conversa interrompida. 

Na literatura – e considerando literatura as duas frases publicadas por Livia Garcia-Roza nas redes sociais – os afetos escondidos podem ser desviados para as palavras, e então se transformam no texto. 

*

A formação escolar de um adolescente pode ser pensada, ainda hoje, à luz da literatura. Mesmo tendo perdido a centralidade cultural que gozou nas culturas europeias há 100 ou 200 anos, a literatura funciona como acervo de fontes para a cultura pop. Mais do que isso, a dificuldade de concentração prolongada experimentada na leitura de textos longos, efeito da constante artilharia semiótica nas telas de celulares, televisão e computadores, convoca a sala de aula como espaço de reinvenção da leitura reflexiva de romances e livros em geral. 

A exposição às telas das “máquinas de imaginação” tende a produzir outra relação do sujeito com a ficção.3 As lentes fotográficas, diferentemente do olho humano, não fazem distinção entre o que é percebido e o que é representado. Essa “tendência psicotizante” da imaginação técnica parece estar na origem da “cultura do déficit de atenção” que caracteriza os modos de percepção contemporâneos, dos quais os quadros gerais de ansiedade e depressão, e de transtorno de déficit de atenção e hiperatividade são sintoma. 

Nesse contexto, a literatura aparece como resistência à erosão da atenção duradoura, da concentração reflexiva, da leitura silenciosa. É no enfrentamento desse risco cultural que práticas pedagógicas procuram se ater à “leitura subjetiva” dos estudantes em sala de aula, sobretudo no sentido de promover condições de enunciação em que falar e escrever sobre a leitura signifiquem elaborar afetos do leitor sobre o texto. O trabalho com ficção na escola, especialmente quando leitores em formação são convidados a escrever a leitura ou a própria ficção, pode atuar na produção de uma comunidade que aprenda a reconhecer “quando as configurações subjetivas do leitor são questionadas pelo texto”, conforme propõe Vincent Jouve.4 Quando se trata dos textos escritos pelos alunos, no entanto, o professor-leitor deve estar preparado para ser questionado pelo texto.

*

A figura do professor não é explorada em muitas histórias. Pelo menos nos livros que leio e que se passam no ambiente escolar, tudo sempre gira ao redor dos estudantes. Nós que somos alunos geralmente não paramos para pensar que os professores também têm uma vida além de sua profissão. Foi divertido imaginar a vida do Pedro, junto com os personagens. Era meio que um mistério para mim também, no início. Pensar em um motivo real para ele ter desaparecido, e em vários outros “fictícios” para enganar os personagens e o leitor foi legal. Criar uma vida pessoal para ele, uma família, um endereço, uma personalidade. Acho que dá um efeito bem diferente de um aluno desaparecido. Quando vemos uma notícia assim na internet, sobre um adolescente, as pessoas já pensam em algumas possibilidades: brigou com os pais, foi se encontrar com o namorado, foi para uma festa. Um professor que some, sem mais nem menos, sem nenhum motivo aparente, é um pouco mais curioso.

*

A experiência de acompanhar a produção literária de um estudante adolescente envolve a aproximação com o território íntimo do escritor. Penso que isso se deu também para Joyce, ao escolher o professor como principal ausente da narrativa de mistério policial que produziu. Assim como havíamos respondido à matéria do jornal O Globo, comovidos com os efeitos do envelhecimento de Luiz Alfredo Garcia-Roza, também a estudante respondeu – não sem ironia – ao desafio que propus de ambientar na escola a sua narrativa, comovendo-se com um professor. 

Quero dizer que o efeito na ficção, ao aproximar do cotidiano o espaço narrativo, representa, para a escritora, um deslocamento. Não se trata de uma alteração de perspectiva, já que os protagonistas são alunos adolescentes, mas o objeto da comoção é a vida cotidiana do professor, elemento comumente escondido na cultura escolar. A figura do professor flagrado por alunos ou ex-alunos no cotidiano banal, passeando na praia ou frequentando uma festa, pode ser um acontecimento para o adolescente que não compreende o professor entre os adultos do seu universo conhecido. 

Num ensaio dedicado a pensar as funções das humanidades nas sociedades democráticas, Martha Nussbaum considera a adolescência um momento decisivo na formação cultural para a democracia. Os processos de identificação social por que atravessa um adolescente devem ser considerados pela escola, pelas famílias e pela sociedade em geral como figuras da sociedade, ou seja, como representações de si e do outro que decidem o comportamento cidadão. Nesse sentido, a “fraqueza” ou a carência não devem se esconder:

À medida que os jovens se aproximam da idade adulta, aumenta a influência da cultura do grupo ao qual eles pertencem. As normas de um adulto perfeito (o homem perfeito, mulher perfeita) têm um grande impacto no processo de desenvolvimento, já que a consideração pelos outros luta contra a insegurança e a vergonha narcisistas. Se uma cultura de grupo adolescente define o “verdadeiro homem” como alguém que não tem fraquezas nem necessidades e que controla tudo de que precisa na vida, esse ensinamento alimentará o narcisismo infantil e inibirá fortemente a ampliação da compaixão para com as mulheres e para com outras pessoas percebidas como frágeis ou subordinadas.5

E, mais adiante, como lição desse argumento:

Ensinar posturas com relação à fragilidade e à impotência humanas que sugiram que a fragilidade não é algo vergonhoso e que precisar dos outros não significa ser fraco; ensinar as crianças a não ter vergonha da carência e da incompletude, mas que as percebam como oportunidades de cooperação e de reciprocidade.6

Os fragmentos de Nussbaum ensinam alguma coisa sobre como ler a literatura dos alunos, um desafio importante para os professores em geral. É possível que a entrega do texto literário para os professores lerem signifique a procura por reconhecimento lá onde ele falta ou não satisfaz – os afetos escondidos, a repetição de traumas ou a interrogação sobre a sexualidade. São traços delicados que não precisam ser solapados pela tecnicidade literária: isso não está bem escrito ou não acredito que foi você quem escreveu. O que se chama literatura inclui escrever uma carta para um jornal identificando-se com o escritor adoecido, o que se chama literatura inclui imaginar a vida do outro, e o que se chama literatura inclui a leitura do outro, o professor, mesmo que este tenha se tornado personagem importante na vida daqueles personagens.

*

Na minha vida pessoal, acho que um dos efeitos de escrever literatura é o estímulo à minha capacidade de imaginação e de observação. Às vezes eu me pego reparando em manias ou fatos específicos das pessoas com quem eu convivo ou até de estranhos no shopping, e penso: “isso seria um ótimo traço para um personagem”. Também guardo na memória certos lugares aonde eu vou para poder usar como cenários no futuro. Além disso, também percebo efeitos na minha comunicação com as pessoas. Escrever nos ajuda muito a nos expressar e a argumentar melhor. 

*

Logo no começo de O Alienista, novela de Machado de Assis,há uma frase inesquecível, que uma das minhas alunas na segunda série do ensino médio, que leu o livro em 2020, destacou. Talvez seja uma frase que, para um leitor adolescente, deixa evidente pela primeira vez a ironia do narrador na construção dos personagens. É a frase na qual o narrador apresenta os motivos pelos quais o Dr. Simão Bacamarte se casou com D. Evarista. Lê-se: 

Simão Bacamarte explicou-lhe que D. Evarista reunia condições fisiológicas e anatômicas de primeira ordem, digeria com facilidade, dormia regularmente, tinha bom pulso, e excelente vista; estava assim apta para dar-lhe filhos robustos, sãos e inteligentes.7

O médico tinha escolhido a esposa por razões “fisiológicas e anatômicas”. Enuncia-se a lógica do patriarcado (o homem justifica para a família a escolha da mulher como esposa) e a lógica do positivismo científico (se o fim do casamento é a formação da família, logo a produção dos filhos deve ser observada de acordo com a melhora da espécie, sob perspectiva eugenista). E nós rimos dessa caricatura. Rimos de nervoso. Essa análise, diante de adolescentes, revela não como se deve ler uma frase, mas como se pode ler uma frase: produzindo relações entre texto e cultura. Trata-se de uma leitura sob perspectiva histórica, que não basta a si mesma.

Como releitor do texto, considerei estarmos atravessando um lado oposto do problema: durante a pandemia do novo coronavírus, podemos fazer escolhas de acordo com o que preconiza a ciência, a fim de preservar a vida individual e coletiva. Na frase, a perspectiva do médico Simão Bacamarte desumaniza a esposa com base nos conhecimentos científicos da época. Uma questão aparece, assim, com essa interpretação: como um leigo (o leitor) usa o conhecimento científico depois de ler uma ficção que faz caricatura da ciência?

As diferenças entre a ficção e a realidade movem a leitura, podem apaixonar para além da fantasia de identificação entre leitor e protagonista. Identificar-se com a leitura pode significar o fascínio pelas contradições entre ficção e realidade. Isso pode significar adolescer: entre a criança e o adulto, a imaginação está em constante teste de realidade.

*

Recentemente eu aprendi uma palavra em Galês que não tem tradução direta para nenhuma outra língua (e eu adoro aprender palavras assim). Hiraeth: saudade de um lugar em que nunca se esteve. E acho que isso descreve perfeitamente minha relação com os livros. Eu sinto saudade de estar nesses lugares. Sinto saudade das aventuras no acampamento meio-sangue, de ir passear com a Fani por Minas Gerais, de ir em bailes no palácio de Illéa. E eu nunca fui em nenhum desses lugares, a não ser através da literatura. E a melhor parte de ler literatura, é que eu sempre posso visitar esses cenários e essas pessoas de novo e de novo.

Luiz Guilherme agradece à psicanalista Isabel do Rêgo Barros Duarte pelo convite para apresentar, em mesa com Franciele Almeida, o tema desse texto no curso livre “Psicanálise sem margem”, coordenado por ela e Ana Lúcia Holck, no Instituto de Clínica Psicanalítica do Rio de Janeiro, em setembro de 2019.

***

Joyce Maravilha
Tem 17 anos e cursa o último ano do ensino médio no Colégio Pedro II. Leitora e escritora, pretende estudar Letras na faculdade. Também publica resenhas literárias no perfil @jovenselivros do Instagram.

Luiz Guilherme Ribeiro Barbosa
Professor de Português e Literaturas no Colégio Pedro II. Doutor em teoria literária pela UFRJ, publicou o livro A mão, o olho: Uma interpretação da poesia contemporânea (2014), e as plaquetes de poesia Postagens e antipostagens (2018) e Pacote de maldades (2019). Integra o grupo de pesquisa Litescola (CPII), sobre literatura e ensino.


1 GARCIA-ROZA, Luiz Alfredo. Céu de origamis. São Paulo: Companhia das Letras, 2009. p. 7.

2 GARCIA-ROZA, Livia. Tanta coisa pra contar… Rio de Janeiro, 19 jul., 2019. Facebook: usuário do Facebook. Disponível em: https://www.facebook.com/permalink.phpstory_fbid=939021886438993&id100009935705436. Acesso em: 5 fev. 2021.

3 As expressões citadas nesse parágrafo são de: TÜRCKE, Christophe. Cultura do déficit de atenção. Tradução de Eduardo Guerreiro B. Losso. Revista Serrote: blog. Rio de Janeiro, jun., 2015. Disponível em:  https://www.revistaserrote.com.br/2015/06/cultura-do-deficit-de-atencao Acesso em 24 de setembro de 2019. 

4 JOUVE, Vincent. A leitura como retorno a si: sobre o interesse pedagógico das leituras subjetivas. Tradução de Neide Luiza de Rezende. In: ROUXEL, Annie; LANGLADE, Gérard; REZENDE, Neide Luiza de (orgs.). Leitura subjetiva e ensino de literatura. Tradução de Amaury C. Moraes et al. São Paulo: Alameda, 2013. p. 60.

5 NUSSBAUM, Martha. Sem fins lucrativos: Por que a democracia precisa das humanidades. Tradução Fernando Santos. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2015. p. 39

6 Idem, p. 45.

7 ASSIS, Machado de. Papéis avulsos. Belo Horizonte; Rio de Janeiro: Garnier, 1989. p. 17-18.