Como tessitura singular de coletividade, na tentativa de declinar e indagar sobre as interfaces entre arte, clínica e cuidado, Eu não sei o que dizer, mas desejo profundamente que você me escute reúne perspectivas dos campos clínico e artístico, além de reflexões a partir de eventos e laboratórios experimentais com artistas, psicanalistas e terapeutas intercaladas com crônicas desenvolvidas por artistas-pesquisadores mestrandes e doutorandes. Fruto de pesquisa do pós doutorado de Jessica Gogan e da disciplina em formato de seminário transdisciplinar “Conchas, peneiras, bainhas: arte, clínica e cuidado na contemporaneidade” oferecida no Programa de Pós graduação em Estudos Contemporâneos das Artes (PPGCA) na UFF no segundo semestre do 2022, o livro busca devolver uma pluralidade de teoria práticas, reflexões críticas e possibilidades poéticas e indaga sobre arte como dispositivo de escutar, devolver e costurar e sua potência de pôr em movimento e relação. Um movimento sempre pelos seus avessos no “estado singular de arte sem arte”, como dizia Lygia Clark, nos fluxos de contra e anti, no gerúndio e no entre, infra e além.