
Editorial: Corpo chão coração
Jessica Gogan e Luiz Guilherme Vergara
Anjo de guarda, doce companhia, nos proteja de manhã, de tarde e de noite,
mas principalmente agora!
Ebó,
Ritual cantado pela Companhia de Mystérios e Novidades
antes de sair nos cortejos
Enquanto escrevemos este editorial, ressoam as vozes dos performers da Grande Companhia Brasileira de Mystérios e Novidades invocando uma proteção antes de sair em seus maravilhosos cortejos na rua. Talvez pudéssemos imaginar esta edição da Revista Mesa como oferenda, uma união de múltiplos corpos e corações em um só chão, se mobilizando, gritando e cantando algo que possa nos dar proteção e força para viver neste mundo (im)possível.
Ao longo dos últimos dez anos, a Revista Mesa vem se estruturando como plataforma híbrida, online e presencial, de publicações e ações públicas, conectando arte e sociedade a partir de uma dinâmica de pesquisa, experimentação, colaboração e formação. Com uma circulação nacional e internacional, a revista busca dar visibilidade e densidade crítica às múltiplas interfaces da produção artística em contextos socioambientais contemporâneos, em seus distintos formatos e situações, investigando as mudanças éticas e estéticas que atravessam os campos da arte, curadoria e educação. Como plataforma viva de documentação, colaboração e reflexão, Mesa mobiliza seu devir revista-mesa ao atuar como “mesa” e escultura social entre artistas, pesquisadores, instituições, universidades, comunidades e campos de diversas áreas dentro e fora do Brasil.
Na sétima edição, “Corpo chão coração” (2025), a revista, como pensamento-forma e fio de cuidado e justiça social, entrelaça e expande os temas corpo-chão-coração como corpo-mundo/mundo-corpo, enfatizando a potência da arte como dispositivo de interseccionalidade, conectividade e ativismo — em prol da igualdade de gênero, do antirracismo e do meio ambiente —, em um mundo marcado pela fragmentação.
Uma nova proposta editorial convidou três artistas residentes/coeditores, no intuito de desenvolver contribuições de forma orgânica, poética e singular. Ancorada nas práticas e pesquisas dos artistas, a revista tornou-se residente em seus projetos, dialogando e se reinventando a partir de seus processos criativos.
Susan Thomson, cineasta escocesa LGBTQIAPN+, trabalha na fronteira entre artes visuais, cinema e literatura. Em 2022, realizou uma residência no Instituto Mesa, com o apoio do Programa Plural do British Council, e nela desenvolveu o curta-metragem Tybyra e o Arlequim. A docuficção, que entrelaça os temas de direitos da natureza, gênero, raça e colonialismo, é baseada em duas histórias contadas por meio da dança, da poesia e do documentário, com a participação da artista performática Ombá Yîàrá e cinematografia de Guará do Vale e Isabella Moriconi (na época alunes da UFF de Artes e Cinema, respectivamente). A primeira história é de Tybyra, uma pessoa indígena de gênero não binário, que, em 1613, foi julgada e condenada pelos colonizadores franceses no Brasil, e, posteriormente, atirada de um canhão ao mar. A segunda, de arlequim, o sapo-arlequim no Vale Intag no Equador, considerado extinto, mas redescoberto em 2016, trinta anos depois, que, com seu status especial de proteção ecossistêmica, impediu que um projeto de mina de cobre fosse adiante. A fabulação e o real se convergem apontando para a insurgência de novos caminhos de ativismos interseccionais. A revista inclui um ensaio poético e visual do filme por Susan e a edição de duas videoentrevistas realizadas como parte da pesquisa-processo. Uma delas é com Diosmar Filho, geógrafo e cineasta afro-brasileiro, que discute o racismo ambiental e os projetos de pesquisa “Amazônia Legal Urbana: Análises socioespaciais de Mudanças Climáticas” e “Desigualdades e Mudanças Climáticas”. A outra é com Mika Peck, ecologista britânico, que aborda diferentes temas de sua pesquisa e ativismo socioambiental, entre os quais destaca a paraecologia — movimento para envolver comunidades na proteção do meio ambiente.
Jorge Menna Barreto, artista e educador brasileiro que atualmente é professor no Departamento de Arte e no programa de mestrado Environmental Art and Social Practice da Universidade da Califórnia, em Santa Cruz, nos Estados Unidos, contribui com a série de podcast Olho Seco, desenvolvida no âmbito de sua pesquisa Dehydrated Landguages (Paisagens Desidratadas). Essa investigação, fruto de sua prática e pesquisa dos últimos vinte anos — voltada a projetos site-specific e à agroecologia —, explora as relações entre arte, literatura e crise ambiental. Atravessando ciência, poesia e artes visuais, Olho Seco investiga como a experiência da secura se manifesta no corpo e nos ecossistemas. Entrecruzando contribuições de cientistas, escritores, artistas e curadores, como João Cabral de Melo Neto e Antonio Dias, emerge uma reflexão sensível sobre como o “seco” pode ser linguagem, método e resposta ao colapso socioambiental. Os áudios dos podcasts e roteiros podem ser acessados aqui junto à contextualização do projeto de pesquisa “Dehydrated Landguages”, e seu texto de ecoficção “Uma boca a menos”, um ensaio que aponta para direções futuras de sua pesquisa.
Por fim, o coletivo de arte pública Grande Companhia Brasileira de Mystérios e Novidades, que atua na região portuária do Rio de Janeiro, reconhecida como o maior porto receptor de africanos escravizados. A Companhia desenvolve seus cortejos como esculturas sociais de arte pública. Cada cortejo é concebido em diálogo com as tradições populares, festejos religiosos, cantos e pontos dos sincretismos afro-brasileiros que ativam os atravessamentos históricos e políticos contemporâneos, devolvendo formas de reencantamento ao território ameaçado por uma crescente gentrificação. A revista ressalta sua prática de cortejo e potência de reunir organizações, líderes espirituais, pesquisadores, artistas e educadores por meio de uma entrevista com a diretora artística Lígia Veiga e a coordenadora Marília Felipe, e da coleta de depoimentos de performers e colaboradores da Companhia. Além disso, traz, na íntegra, a roda de conversa sobre as artes, ciências e espiritualidades, que reuniu, junto à diretora da Companhia e editores da Revista Mesa, Anna Dantes, Fabio Scarano, Mãe Sara, Marcia Brandão e Iazana Guizzo, arquiteta e coordenadora do projeto de extensão Floresta Cidade (UFRJ), que também contribuiu com o ensaio “Despertar a Guanabara”, com fotografia de César Oiticica Filho, cineasta e diretor artístico do Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica e do Projeto Hélio Oiticica. A beleza da Companhia e sua prática de cortejo destaca-se pelas grandes entidades incorporadas pelos atores na perna de pau, gigantes suspensos entregues à total presença, tanto com atenção aguda quanto com uma poética fabulante, ativando outros estados de ser.
Além dessas ricas contribuições, a edição traz artigos, diálogos e ensaios visuais, abordagens ecossistêmicas e potentes do corpo-chão-coração em suas dimensões situadas de resistência e criação.
Artigos
Conexões improváveis abrem linhas de insurgências eco-ética-estéticas transculturais, apontando para os sentidos de confluências regenerantes de vínculos partidos, enterrados, entre corpo-chão-coração. Os artigos de Ana Luiza Nobre, “Projetar agachado”, de João Paulo Lima Barreto (Tukano), “A concepção de corpo a partir das práticas dos especialistas indígenas do Alto Rio Negro” e de Juan López Intzín, “Sp’ijilal O’tan: Conhecimento ou epistemologias do coração”, apresentam, com diferentes vozes, um chamado para outras ontoepistemologias/cosmologias.
O pesquisador de origem maia, Juan López Intzín, tem como foco os conceitos éticos e filosóficos maias tseltal, formadores das epistemologias do coração.Seu texto, na forma de quase manifesto, indaga se somos um povo domesticado e se a “desdomesticação” é possível. O que vale para a insurgência do ch’ulel, a essência primária da existência — poder vital ou energia —, retomada e abraçada pelo movimento zapatista nos anos 90 no México, desperta nossa consciência para trazer “nossos corações de volta” ao cosmos esquecido, o retorno em maia tseltal de lekil kuxlejal (uma vida de plenitude, dignidade e justiça).
Assim também João Paulo, em um artigo recorte de seu livro O Mundo em mim: uma teoria indígena e os cuidados sobre o corpo no Alto Rio Negro (2022), ressalta uma epistemologia das ciências indígenas pela reconexão do corpo com o chão-mundo-cosmos com uma visada fenomenológica de uma medicina indígena a partir dos mediadores cosmopolíticos e operadores de Kihti ukũse: o conjunto das narrativas míticas dos Tukanos (Yepamahsã); o repertório de fórmulas, palavras e expressões retiradas dos Kihti ukũse (Bahsese);eo conjunto de práticas sociais associadas aos bahsese e às festas e cerimônias rituais ao longo do ciclo anual (Bahsamori). Tudo issoé resumido no termo kahtise: os elementos imateriais constitutivos do corpo.
A arquiteta Ana Luiza Nobre, inspirada pela provocação de Georges Didi-Huberman de “pensar debruçado”, explora as possibilidades de uma arquitetura outra, mais vinculada ao chão, “agachada” nas suas sensibilidades e projeções. Isto é, como movimento que se configura em contraponto aos processos de modernização/globalização estabelecidos em oposição a tudo que é local, enraizado, vinculado a um chão/solo, abraçando, como os povos indígenas ensinam, um “pisar leve” no chão. “Aterrar-se,” Ana Luiza aponta, “é cultivar uma política do Terrestre”, na qual o dobrar-se sobre si mesmo faria, citando Didi-Huberman, “o que está embaixo subir até nós”.
Diálogos
Talvez o ato que mais pulsa, conecta e respira corpo-chão-coração nesta edição seja o de escuta — uma escuta atenta, sensível e ética, ancorada em response-ability, como diz Donna Haraway1 , e permissão, uma permissão para ouvir e ser parte do que estamos escutando, como aponta a palavra-conceito em guarani hendu,oferecida por Sandra Benites em seu diálogo “Tembiapo: Arte e povos de cura”.
Essas escutas atentas, sensíveis e éticas não nos salvarão de nossas crises ou repararão a dívida impagável2, mas, como a filósofa Isabelle Stengers aponta, são fundamentais para “uma ecologia de práticas” e “a criação das respostas das quais depende a possibilidade de um futuro que não seja bárbaro”3. “Eu não sei fazer justiça”, ressoa a voz de Stella do Patrocínio no diálogo “Ensaio de escutas”, no antigo asilo Colônia Juliano Moreira, agora Museu Bispo do Rosario, sobre seu potente falatório com Anna Carolina Vicentini Zacharias, Natasha Felix, Sara Ramos e a mediação de Diana Kolker. Um desamparo palpável e uma provocação: temos de escutar e coletivamente.
Uma oralitura, como diria Leda Martins4, desprende-se dessa escuta responsiva e coletiva. “Arte como concha: apenas escuta”, ofereceu o artista e psiquiatra Lula Wanderley5, descrevendo a prática de Lygia Clark. Essas sensibilidades e potências permeiam o Projeto Corpo, Gesto, Afeto com as mulheres da penitenciária feminina Talavera Bruce. No diálogo sobre o projeto, as coordenadoras Tania Rivera e Alice Poppe se juntaram à colaboradora artista Caroline Valansi e ao compositor, intérprete e professor de arte Tato Taborda. Conceitos/palavras/práticas como coreoescuta (Rivera), radiocoreografia (Poppe), corpo transante (Valansi) e audionutrição (Taborda) emergem dessa escuta pulsante dos corpos, chãos, corações.
O diálogo “Nós somos daquela Terra: Diálogos cruzados entre arte e território” reúne a educadora/curadora Mélanie Mozzer e o artista Sávio Ribeiro para discutir as vitalidades e lutas da cena artística no contexto periférico de São Gonçalo (RJ), a partir da primeira conferência que eles realizaram sobre arte contemporânea na região (2024). O território de São Gonçalo é caro para a Revista Mesa, na 6ª edição realizamos um estudo de caso com artistas, educadores e ativistas da região. Retornando com força nesse diálogo, Mélanie e Sávio não somente enfatizam como fundamental a escuta do território e das vozes, mas apontam como necessário o contramovimento: “narrar nossas próprias revoluções”.
Em tempos de urgência, precisamos de escutas outras entre nós, a terra, a natureza e o não humano. Isso não é nenhum tipo de fantasia de retorno à natureza. Nem é cura. Mas, sim, um meio de nos sensibilizar ao que Susan Buck-Morss sugere como “farejar o perigo”6. Ou, como dizem os indígenas, quando você vê a onça, já é tarde demais7.
Ensaios visuais
Quatro ensaios visuais abrem janelas multissensoriais para diferentes mundos contemporâneos. Interessa-nos prospectar ressonâncias, conexões improváveis, elos de interdependências eco-ética-estéticas e confluências entre corpo-chão-coração.
Assim, viajamos pelas raízes vitais das manifestações populares da arte brasileira captadas pelas lentes do olhar encarnado, corpo-chão-coração, do artista e cineasta viajante Lucas Van de Beuque. Em seu ensaio “Outras poéticas: mergulhos num Brasil de arte” reencontram-se os imaginários vivos das origens do fenômeno artístico-humano pela festa, casa e natureza, livres dos dogmas eruditos e vibrando corpo-chão-coração e uma beleza encantatória de outra margem da produção artística contemporânea.
Apresentamos também a parceria entre a Casa Resistências — espaço na Maré que oferece acolhimento residencial para mulheres (cis e trans) lésbicas e bissexuais — e Imagens do Povo — organização e escola de fotografia popular na Maré que promove registros críticos e respeitosos aos direitos humanos e à cultura local. O ensaio “Qual é o chão que piso? Trabalho, cuidado e sobrevivências na Casa Resistências de acolhimento para mulheres LBT do Complexo de Favelas da Maré” é de autoria das colaboradoras da Casa, Beatriz Virgínia Gomes Belmiro e Kimberly Veiga, junto à fotógrafa Suellen Cloud. A casa como residência se torna resistência, envolvendo forças vitais regenerantes e éticas de cuidado com os afetos pela vida, pela solidariedade, criatividade e comunalidade, que são os constructos psicossociais da cura pelo pertencimento mútuo.
O ensaio de Carla Santana, “Terra enquanto memória, moradia e nutrição: O Sertão Negro”,também abre janelas ao rés do chão, para se debruçar no que pode flexionar a temporalidade de sua produção artística pelas suas inquietações e admirações por outros modos de existência — modelos de futuros para práticas de comunhão e preservação de uma aliança com a natureza. Como tal, “conjuga” a residência no Sertão Negro com vivências transformadoras cosmopolíticas junto à Comunidade Quilombola Kalunga do Engenho II e as conexões improváveis entre o fenômeno humano e a natureza, as comunidades das casas-coletivas dos cupinzeiros, colmeias microcósmicas das abelhas, casas de marimbondos, utopias sociais dos formigueiros e buracos de tatu.
Por sinergia com os impulsos de futuros ancestrais, artista-pesquisador trans e neurodivergente Jialu Pombo também cava o chão e devolve seu corpo à terra. Em seu ensaio “Uma criatura sem nome corporificando a experiência encara a terra”, recorte de sua tese de doutorado (2023), Jialu registra “oprelúdio de um longo processo de aterramento, que também poderia ser chamado de enraizamento”. Jialu nos convida a encarar o chão-corpo, provocando “outras miradas” e conectando relações “que sempre estiveram presentes, mas que por vezes escapam do saber de si e do mundo: o corpo é água, fogo, ar e terra”.
Think Piece
Iniciamos essa tessitura corpo-chão-coração em trocas e conversas com Mônica Hoff, em 2022, pelas quais estamos extremamente gratos. Desde então, nesses vai e vem da vida, das inspirações, das questões, dos desejos e desafios, seu Think Piece é um texto levante poético, vibrante e sentiente, que nasce dos fragmentos “corpo chão coração – três substantivos, cinco ou mais memórias, um poema, ou um pedaço de terra para roçar”, sendo, assim, uma fusão, “uma episteme”.
***
Entrelaçando essas múltiplas vozes e práticas de resistência e criação, corpo-chão-coração investe, como sugere Lorena Cabnal ao falar do ativismo feminista comunitário-territorial na Guatemala, em acuerpamiento8. Isto é, em buscar o comum que atravessa as lutas, acorpando-as solidariamente. Convidamos os corpos e corações para abraçarem seus chãos como horizontes palpáveis na busca por outros modos e práticas coletivas de viver, criar e resistir, nos quais a arte possa atuar como agente ecossistêmico de conectividades restaurativas.
Agradecemos do fundo de nossos corações a todes es colaboradores. Que esta edição possa ressoar no corpo-chão-coração de vocês e de outres.
***
Jessica Gogan é diretora do Instituto Mesa e editora geral da Revista Mesa. Doutora em História da Arte (2016) e pesquisadora colaboradora no Programa de Pós-Graduação em Estudos Contemporâneos das Artes da Universidade Federal Fluminense (UFF), onde também realizou pós-doutorado (2018–2023). Pesquisa e atua nas intersecções das práticas artísticas, clínicas e pedagógicas. Entre outros, organizou os livros: Domingos da Criação: Uma coleção poética do experimental na arte e educação (2017) em colaboração com Frederico Morais e Eu não sei o que dizer mas desejo profundamente que você me escute (2024).
Luiz Guilherme Vergara é professor associado do departamento de Arte e membro do Programa de Pós-Graduação em Estudos Contemporâneos das Artes da Universidade Federal Fluminense e cofundador do Instituto Mesa. Foi coordenador do curso de graduação em Artes (2019–2024) e diretor do Museu de Arte Contemporânea (MAC) de Niterói entre 2005–2008 e 2013–2016. Coordena o grupo de pesquisa (CNPq) ynterfluxes contemporâneos: Arte Comunidade e Natureza.
1 HARAWAY, Donna. Staying with the Trouble: Making Kin in the Chthulucene. Durham/London: Duke University Press, 2016.
2 FERREIRA, Denise da Silva. A dívida impagável. Oficina de Imaginação Política com o apoio da Casa do Povo, 2019. Disponível em: https://casadopovo.org.br/divida-impagavel/ Acesso em: ago. 2025.
3 STENGERS, Isabelle. Introductory Notes on an Ecology of Practices. Cultural Studies Review, 2005, v. 11, n. 1, p. 183–196; STENGER, Isabelle. Catastrophic Times: Resisting the Coming Barbarism. Tradução Andrew Goffey. Open Humanities Press/Meson Press: 2015, p. 73.
4 MARTINS, Leda Maria. Performances do tempo espiralar: Poética do corpo-tela. São Paulo: Cobogó, 2021.
5 WANDERLEY, Lula. Na silência que as palavras guardam: O sofrimento psíquico, o Objeto Relacional de Lygia Clark e as paixões do corpo. São Paulo: N-1 edições, 2021, p. 36
6 KESTER, Grant. Aesthetics after the End of Art: An Interview with Susan Buck-Morss. Art Journal, v. 56, n. 1, Aesthetics and the Body Politic (Spring, 1997), p. 38-45.
7 SANTOS, Laymert Garcia dos. Amazônia transcultural: xamanismo e tecnociência na ópera. São Paulo: N-1, 2013. In: TABORDA, Tato. Ressonâncias: vibrações por simpatia e frequências de insurgência. Rio de Janeiro: UFRJ, 2021, p. 25.
8 Ver: PATIÑO NIÑO, Diana Milena. A philosophical conversation with Lorena Cabnal from Guatemala. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, v. 31, n. 3, 2023. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/ref/a/4DfwsdcBSVTqdbfTGG9rMTb/. Acesso em: ago. 2025.